quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Economia Indígena

A economia indígena ao longo dos anos passou por mudanças. Inicialmente os índios tinham por base da economia a agricultura de subsistência, ou seja, a agricultura sem fins lucrativos que era utilizada por toda a tribo, eles também realizavam a caça e a pesca, que como a agriculta eram de subsistência. Atualmente parte da economia se baseia na agricultura, mas a maior parte provem das aposentadorias e de trabalhos braçais realizados pelos índios.
Em tempos anteriores os índios costumavam manter áreas de plantio de até dois hectares para plantar culturas como: mandioca, arroz, feijão, batata doce, batata, urucum, amendoim, tabaco, algodão, entre outras culturas, por esse motivo os índios de antigamente não praticavam o comércio, visto que tudo que era necessário era produzido dentro das tribos. Além da agricultura, era praticado a caça e a pesca, e toda a produção da tribo era dividido entre todos, dessa forma a economia não era como a atual, individualista, com os índios não havia propriedades privadas, existia um sistema com pensamento em todas as pessoas do grupo.


Atualmente ainda existem tribos com a economia baseada na agricultura, caça e pesca de subsistência, no entanto os índios atuais tem por base da economia salários ganhos de serviços braçais e das aposentadorias que os índios recebem, além disso existe ainda o comércio de cerâmicas, cestos, tudo confeccionado a mão, os índios de hoje estão evoluindo economicamente comparado a outros tempos.


Apesar da evolução de tempos anteriores para hoje os índios vivem as margens da economia, os trabalhos realizados por eles ainda são de baixa remuneração, e muitas vezes há a preferência do branco em relação ao índio, pois ainda existe preconceito, e por isso a FUNAI é importante para minimizar as diferenças sócias ainda existentes e incluir os índios na economia do país.


Referencias:
Guilherme Castro e Victor Castro

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O blogueiro

            Cada vez mais a internet desempenha papel participativo em nosso cotidiano. Assim, novas profissões e ocupações estão surgindo a fim de gerar mais conteúdo para o meio virtual. São as profissões da “era digital” capazes de globalizar conteúdos informativos de diversas categorias. Há uma gama de novas profissões voltadas para esse meio, incluindo os blogueiros. Os blogueiros são os responsáveis por gerenciar um blog, ou seja, são os administradores de uma página online referente a um tema específico, através de conteúdos virtuais: as postagens.

             É uma profissão que requer responsabilidade. Ou seja, mesmo que não necessite de formação superior ou técnica para ser um blogueiro profissional, o autor deve comprometer-se com o hábito de publicar informações verídicas, afinal, a repercussão de sua página virtual trará consequências significativas na vida de muitas pessoas. Além disso, a dedicação é fundamental para gerar um blog produtivo. É preciso criar uma página virtual e atualizá-la diariamente com conteúdos estruturados, autênticos e informativos, capazes de manter alguma interação com o leitor, para que ele retorne mais vezes e compartilhe com outras pessoas. A popularidade das postagens é o que trará sucesso ao blog.
             Não há um salário fixo ou estipulado para um blogueiro, pois o profissional lucrará de acordo com a popularidade de sua página. Assim, mediante ao número de visualizações mensais, empresas ficarão interessadas em divulgar sua marca no blog e pagarão de acordo com a capacidade de influência da propaganda. Em uma página relacionada à estética, por exemplo, a publicidade geralmente é feita através de uma resenha descritiva de algum determinado produto. Existe uma infinidade de possíveis temas para um blog, como: culinária, moda, humor e política. Enfim, é uma profissão que vale a pena investir, pois está cada vez mais integrada ao cotidiano dos internautas e, ao longo dos anos, será ainda mais valorizada. 

Qual a diferença entre blog e site?
Basicamente, o site é uma estrutura mais formal de veiculação de informações desenvolvidas para o perfil de uma empresa. Já o blog, é uma estrutura voltada para a interação entre os leitores e o autor. 

Alguns dos blogs brasileiros mais acessados e valorizados:
Depois dos quinze

Referências bibliográficas:
http://top10mais.org/top-10-blogs-mais-acessados-do-brasil/
http://top10mais.org/top-10-melhores-blogs-de-moda-do-brasil/
http://www.tecnologiaoutonal.com.br/qual-a-diferenca-entre-site-e-blog/
http://www.significados.com.br/blogueiro/
http://www.profissaoblogueiro.com.br/

Enologia: a ciência do vinho

      Ao assistir um capítulo de uma novela recentemente, observei que nela havia personagens profissionais que cultivavam uvas destinadas a produção de vinhos, interessei-me e então optei por fazer o texto sobre essa profissão.
      O vinho, uma das bebidas mais antigas do mundo, registrada pela primeira vez pelos egípcios - mas que muito provavelmente já existia antes da escrita -, passa por várias etapas antes de chegar até as taças para degustação, e um dos grandes responsáveis pela maioria desses processos necessários é o Enólogo.


      Enólogo é a nomeação destinada a indivíduos que trabalham na vinícola e são responsáveis por todas as decisões de produção do vinho: análise do solo, métodos de irrigação, escolha de mudas, plantio, poda, colheita, mistura das uvas, degustação, produção, engarrafamento, envelhecimento e comercialização. Muitas vezes, são eles quem assume também o papel de vendedor e a parte de marketing relacionada ao produto.
      Para exercer essa profissão, é necessário cursar Enologia ou Agronomia com especialização na área, sendo o segundo caso mais comum entre os brasileiros devido à existência de ainda poucas faculdades no Brasil que oferecem o curso de Enologia. Há aqui, atualmente, quatro instituições: a Universidade Federal do Pampa no Rio Grande do Sul (única que oferece o curso em modalidade bacharelado), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no Rio Grande do Sul e no Pernambuco (cursos em nível tecnológico) e a Universidade Federal de Pelotas (formação como técnico). A faculdade de tal ciência considerada a melhor delas está localizada em Mendoza, na Argentina, mas também existem na França, Itália e em outras regiões.
      Para a formação do profissional nesta área, as disciplinas de base incluem: entomologia, fisiologia, matemática, estatística, geologia, botânica, microbiologia, física, marketing, economia, climatologia, química, vinificação, vinicultura, marketing de vinhos, elaboração de vinhos, controle de qualidade e análise sensorial.
     A enologia oferece um campo vasto de atuação. Pode-se trabalhar junto a empresas, ser crítico em revistas da área, oferecer suporte técnico para restaurantes e casas especializadas ou desenvolver vinhos em vinícolas, por exemplo.

     Não deixem de assistir esse videozinho complementar em que Arthur Azevedo, consultor da Tahaa Vinhos e diretor da ABS-SP, esclarece a diferença entre os conceitos de Enólogo, Sommelier e Enófilo (a partir de 1 minuto de vídeo), termos usados erroneamente como sinônimos por algumas pessoas: https://www.youtube.com/watch?v=F6LTC5K7ha0

      Seguem aqui algumas curiosidades:
- O dia 22 de outubro é considerado o dia do Enólogo, conhecido como o “pai da criança”.
- Enologia é uma profissão regulamentada no Brasil desde 2007.














Referências bibliográficas:
http://www.enologia.org.br/ 
http://www.infoescola.com/profissoes/enologo/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enologia 
https://www.clubedosvinhos.com.br/profissoes-vinho-enologo/ 
https://economize.catracalivre.com.br/descontos/dia-do-enologo-os-seis-vinhos-mais-procurados-com-desconto/


domingo, 25 de outubro de 2015

Línguas Indígenas


               O Brasil é um país com variedade de trubos indígenas muito grande, apesar da perda de algumas, esquecidas pelo tempo, dizimadas em conflitos e isoladas pelas imposições do "homem branco", mesmo assim elas deixaram resquícios de suas culturas, como a língua que falavam e algumas tribos ainda falam.
               Existe quase trezentas línguas índigenas no país, dividas em troncos, que por sua vez são ramificados em famílias, de acordo com suas semelhanças. Cada tronco da origem a várias famílias, por exemplo, o tronco línguistico Tupi, deu origem a dez famílias, como o tupi-guarani, tabajara, potiguaras, tupimiquins, entre outros.
               Foi durante a colonização que houve o primeiro contato, através dos missiónariso jesuítas, para o estudo dessas línguas. Desde essa época, a língua Tupi possía maior popularidade, porque foi a primeira que os portugueses conheceram, por ser a língua indígena mais simples, o que fez as outras línguas serem desprezadas, tanto por eles como pelos portugueses.
               Já nos dias atuais, a maioria das línguas indígenas foram deixadas de lado pelos próprios índios pela influência da língua portuguesa que receberam, e apesar de que muitas palavras da cultura indígena terem sido adicionadas ao nosso vocabulário, a língua indígena é ensinada apenas aos seus descendentes, como consequência, essas línguas nativas de tribos indígenas brasileiras estão entre as mais ameaçadas de extinção do mundo, segundo a Natural Geographic Society.



Tronco Macro-Jê, com as diversas famílias, líguas e dialetos.

sábado, 24 de outubro de 2015

Política Indígena

Nas tribos indígenas a política possui aspectos próprios, diferenciando da política ocidental, além disso, cada tribo possui suas particularidades. No entanto, essas sociedades têm pontos em comum.
A política na sociedade indígena abrange vários aspectos, dessa forma, a maioria dessas sociedades são comunais, não apresentam classes sociais, sendo que o trabalho é dividido por sexo e idade. Os mais velhos são muito valorizados nas tribos, pelo fato de transmitirem ensinamento através de lendas, realizarem rituais e relações externas, destacando a figura do Pajé e do Cacique. As mulheres também se destacam, podendo decidir sobre assuntos de interesse geral e dar conselhos, além de possuírem maior liberdade, participando de atividades masculinas. Já as crianças respeitam os mais velhos e desde cedo aprendem os costumes da tribo e atividades relacionadas à sua sobrevivência, de maneira prática ou através de lendas.
Cacique
Pajé realizando uma cura Espiritual
No decorrer do tempo as tribos indígenas sofreram alterações nas suas organizações, assim como as demais sociedades.  Várias aldeias passaram a ter contato com os homens brancos, assim, passou a ser determinado o local que eles ocupariam e também a existir leis de proteção para os índios, os quais, algumas vezes, necessitam de realizar manifestações para conseguirem ter uma vida melhor. Dessa forma, os índios possuem relações políticas não apenas dentro de sua tribo ou com vizinhos, mas também com os homens brancos, até participando diretamente da politica ocidental. Além disso, para tentarem adaptar as condições atuais, as trocas que eles realizam apresentam também caráter econômico e não apenas simbólico.
Índios manifestando
As condições de vida indígena pioraram, ao ponto de ser difícil sobreviver dessa maneira. Atualmente, os índios são uma minoria e sofrem injustiças sociais, políticas e econômicas, pelo fato  de não terem recebido  auxílio ao longo do tempo para adequarem sua forma de vida a dos dias de hoje. Além disso, no mundo capitalista atual, a maioria das pessoas só pensam no lucro, assim, acabam prejudicando a vida dos indígenas para conseguirem terras e extrair recursos. É difícil encontrar informações sobre os índios, o que contribui para eles não estarem presentes nas mentes das pessoas, assim acabam só ganhando um pequeno espaço quando realizam alguma manifestação. Precisamos ter respeito e conhecimento sobre os costumes indígenas, a fim de melhorar as condições de vida desses povos que são a base da nossa sociedade.


 Referências Bibliográficas:

KERDINNA, Produção Editorial LTDA. Índios do Brasil. Disponível em: <http://indios-brasileiros.info/questoes-indigenas.html>. Acesso em: 05 out. 2015.

DONATO, Hernani. Índios do Brasil. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/indios/>. Acesso em: 05 out. 2015.

MATA, Vera Lúcia Calheiros. Organização Social e Política. Disponível em: < http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kariri-xoko/679>. Acesso em: 05 out. 2015.

Enciclopédia Livre. Povos Indígenas do Brasil. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil>. Acesso em: 05 out. 2015.

ESTRELLA, Sylvia. A história dos índios e da política indigenista no Brasil. Disponível em: < http://pessoas.hsw.uol.com.br/indios2.htm>. Acesso em: 05 out. 2015.

Índios do Brasil. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/#> . Acesso em: 05 out. 2015.

NEGRI FILHO,Paulo. Índio Brasileiro. Disponível em: < http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/indio-brasileiro>. Acesso em: 05 out. 2015.





sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Tribo étnica, população e território

      Tribo é uma forma de organização social e cultural de indivíduos da mesma etnia, que vive em comunidade sob a autoridade de um ou mais chefes e compartilha os mesmos costumes. Quando os portugueses chegaram ao Brasil existiam inúmeras tribos indígenas espalhadas ao longo do território brasileiro, estima-se que havia entre 4 e 5 milhões de índios. Atualmente, conforme dados da FUNAI existem 460 mil índios divididos em 225 tribos. Os motivos da brusca diminuição populacional foram massacres contínuos e invasões comandadas pelo homem branco.    
      A FUNAI (fundação nacional do índio), órgão responsável pela proteção e por fazer pesquisas sobre esses indivíduos, divulgou as tribos com maiores populações atualmente.     


Tribo
População
antiga
População
Atual
Localização
Em 1500
Localização atual

Guarani
326.080
30.000
Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do sul
Ocupam a mesma região, em reservas protegidas por lei.
Ticuna
380.400
35.000
Amazônia
São Paulo e Amazonas
Terena
173.913
16.000
Paraguai
Mato grosso e São Paulo
Xavante
130.343
12.000
Goiás
Mato Grosso e partes do Centro Oeste
Pataxó
105.434
9.700
Sul da Bahia
Minas Gerais e Bahia
Potiguara
83.695
7.700
Maranhão, Piauí e Ceara,
e Rio Grande do Norte
Piauí, Ceará, e Rio grande do Norte

Ianomâmi
135.000
12.000
Oeste de Roraima
Amazônia, Roraima e Venezuela
Guajajara
152.173
14.000
Maranhão
Maranhão
Macuxi
271.217
20.000
Guiana e Roraima
Roraima
Caingangue
271.739
25.000
Paraná
Paraná, Santa Catarina e Rio grande do sul



Mapa com a localização Atual.
       Desde a chegada do homem branco a população indígena sofreu várias mudanças. O avanço das missões exploratórias afetou não apenas a distribuição demográfica da população indígena como também o seu quantitativo. Devido às invasões muitos índios foram obrigados a deixarem suas terras de origem, muitos sem alternativas migram para as cidades e outros foram extintos.

Tabela com alguns grupos indígenas extintos.

Grupos indígenas extintos
População original
Aimoré (Botocudo) (Ilhéus, Espírito Santo)
30000
Caeté (Costa Nordeste)
50000
Caeté (Minas Gerais)
30000
Canindé, Genipapo
20000
Carijó (Paraná)
6000
Carijó (Rio Grande do Sul)
25000
Carijó (São Paulo)
25000
Cariri, Caratiú, Icó, Panati, etc. (Interior Nordeste)
25000
Charrua (Rio Grande do Sul)
35000
Guarani (Mato Grosso do Sul)
25000
Omágua (rio Solimões)
20000
Potiguar (Costa Nordeste)
90000
Tamoio (Cabo Frio)
35000
Tamoio (Rio de Janeiro)
25000


       Atualmente para garantir ao índio o direito à terra, foram criadas as reservas indígenas, onde possam viver e obter meios de subsistência. Estas áreas representam cerca de 12,2% do território nacional.

       
      Como foi apresentado, nem todas essas tribos ainda vivem da forma como se originaram, cerca de 36% (dados do último censo do ibge/2010) das tribos estão ocupando os centros urbanos, seja porque a cidade chegou até as terras indígenas, ou  porque os indígenas foram em busca de melhores condições de vida. 
    A necessidade de inclusão dos indígenas gerou mudanças na sociedade de forma a buscar equilíbrio entre diferenças culturais. Para minimizar uma segregação histórica, foi criado sistema de saúde com política voltada especialmente para os problemas mais frequentes na população indígena e um sistema de cotas na rede educacional destinado a incluir o índio nas universidades, nos cargos públicos e outros ramos da sociedade até então ocupados por pessoas com melhores oportunidades
    O que se vê é uma forte influência das sociedades modernas sobre a população indígena e conforme progressão dos dados apresentados, da miscigenação que gradativamente ocorre talvez daqui alguns séculos já não se veja mais índios nos livros de história.
Gian Caneschi 
Carolina Castro 
Isabela Almeida 

Referências bibliográficas:


Expressões artísticas indígenas

     A arte indígena brasileira é a arte produzida pelos povos nativos do Brasil, normalmente ligada a vida cotidiana e rituais. Marcado por intensos enigmas, mistérios e originalidade, essa forma de arte exerce grande fascínio sobre outras culturas e merece realce na atualidade.
    A arte indígena difere da arte contemporânea ocidental pelo caráter tradicional e forte utilitarismo porque segue os padrões herdados coletivamente, que passam de pai para filho e desenvolvem poucas variações ao longo do tempo. Além disso, as produções indígenas são quase sempre destinadas a algum uso, não existindo ideia de arte apenas para uso estético.
  Dentre a enorme diversidade de culturas indígenas no Brasil, generaliza-las é enganoso, já que cada povo tem suas próprias percepções.  No entanto, pode-se dizer, que em conjunto, as tribos se destacam na arte da plumagem, cerâmica, cestaria, trançado, mascaras e pinturas corporais.

Adornos corporais da tradição Rikbaksta
    Para os indígenas, as máscaras podem adquirir dois significados: ao mesmo tempo em que são um objeto comum, produzido por um homem, podem representar figuras mitológicas e sobrenaturais. Geralmente são feitas a partir de troncos de arvores, cabaças e palhas de buriti e são usadas em danças e ritos cerimoniais, com objetivo de afastar os espíritos malignos e manter a ordem do mundo. Esses objetos são dotados de simbologias étnicas.
  As peças de cerâmica impressionam por desenhos ricos e bem trabalhados. São utilizados como vasos, recipientes, panelas e esculturas, sendo muitas vezes usadas para armazenar cinzas dos mortos.
    O trançado também tem presença marcante na arte das tribos indígenas. A produção é diversificada em vários aspectos já que podem servir como cestas, tapetes, mesas, peneiras, armadilhas de caça, redes para pesca e instrumentos pessoais, como tangas e pulseiras.
Representação da pintura corporal indígena
  A pintura corporal é uma manifestação peculiar das tribos indígenas, que utilizam tintas naturais oriundas de arvores e furtos. As cores vermelho do urucum e negro esverdeado do jenipapo são as mais utilizadas por transmitir alegria contida nas cores vivas. As técnicas, as tintas e os desenhos possuem distinções, por exemplo, existem desenhos feitos para comemorações, outros para rituais, assim como tintas para crianças e outro tipo para adultos.
      Estima-se que as tribos indígenas já pintavam seus corpos 20 mil anos atrás, considerando essa prática como uma segunda “pele” os indivíduos. Nesse contexto, a pintura indígena era considerada como um instrumento essencial, que pode ser comparado as vestimentas dos europeus. O antropólogo francês Lévi-Strauss analisou esta situações e conclui que “as pinturas do rosto, conferem (...) ao indivíduo sua dignidade de ser humano, elas operam a passagem da natureza à cultura, do animal estúpido ao homem civilizado. (...) elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas possuem uma função sociológica.”
    A plumária também é uma expressão indígena, conhecida mundialmente e impactante, que chamou atenção dos europeus desde o primeiro contato, no século XVI. Vários exemplares foram coletados e enviados à Coroa como um produto estranhamente atraente, que poderia render lucros. 
Representação da pintura
 corporal e da arte
plumária
     As penas e plumas de aves são utilizadas principalmente, na produção de cocar, flechas, pulseiras, brincos, colares, tiaras, petecas, bolsas, instrumentos de trabalho, entre outros enfeites. Essa forma de arte é extremamente simbólica, que pode representar ritos de passagem, estados de espírito, distinções de prestígio e poder, imagens de identidade da pessoa, da família, do clã e da nação. A arte plumária é uma forma de dialogo: ela faz, e diz mil coisas, apresenta-se de várias formas e modos.
     A confecção desses objetos é tarefa dos homens adultos, e suas técnicas são aprendidas depois dos ritos próprios para aprendizagem plumária. As penas e plumas podem ser usadas em estado natural ou transformadas com cortes, desfiamentos e tingimentos. Também podem ser associadas com outros materiais, como couros e peles, ossos, sementes e bambus.  
Colar inspirado na arte plumária
        Atualmente, a produção plumária dos índios brasileiros se ampliou, se espalhando para outras culturas de forma que comumente podemos perceber no mercado objetos feitos à base de penas, como brincos e filtros dos sonhos.
       A Funai, Fundação Nacional do Índio, tem grande importância na divulgação das diversas formas artesanais indígenas. Em 1972, foi criado o projeto “Artíndia”, com objetivo de comercializar produtos confeccionados pelos índios do Brasil e gerar renda para as comunidades, além de divulgar e valorizar a arte. Em 2009, existiam nas lojas peças de mais de 60 etnias, o que demostra que essa organização busca atender diversas etnias.
   
Comercialização do artesanato indígena
     Infelizmente, a riqueza cultural indígena é esquecida e deixada em segundo plano por influências de uma mentalidade portuguesa, que ainda permanece na visão da maioria das pessoas. Entretanto, os povos indígenas sempre tentaram manter suas formas artísticas e buscam valoriza-las nas aldeias. Isso fica perceptível no lamento de um índio Tupinambá capturado em 1616, registrado pelo frei Yves d'Evreux: “Quando eu penso em como as pessoas escutavam o meu pai, que era um grande homem, (...), e quando olho para mim mesmo, um escravo – sem pinturas, sem um ornamento de penas na cabeça, nos braços e nos pulsos -, eu preferia estar morto.”. A arte das tribos indígenas brasileiras transparece de forma expressiva, simbólica, social, histórica; a arte é simultaneamente, simples e extraordinária.
Danielle Cunha da Silva
Júlia Fernandes Sousa

Referências Bibliográficas:

WIKIPÉDIA: Arte indígena brasileira. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_ind%C3%ADgena_brasileira>. Acesso em 21 de outubro de 2015.

WIKIPÉDIA: Arte plumária dos índios brasileiros. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_plum%C3%A1ria_dos_%C3%ADndios_brasileiros>, Acesso em 21 de outubro de 2015.

FUNAI: Funai planeja reestruturação do Projeto de comercialização da arte indígena, 2009. Disponível em <http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/2284-funai-planeja-reestruturacao-do-projeto-de-comercializacao-da-arte-indigena>. Acesso em 21 de outubro de 2015.

MISTERSILVA, Robson. “Artes e expressão 6”, 14 de julho de 2010/ Página 17. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=OWBWBQAAQBAJ&pg=PA17&lpg=PA17&dq=pinturas+do+rosto,+conferem+%28(...). Acesso em 21 de outubro de 2015.

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA. Produção da BBC History.2000.1 videocassete (10:37min.). Didático. Port.

MULTARTE: Artes Indígenas Brasileiras e Suas Características. Disponível em <http://www.mult arte.com.br/artes-indigenas-brasileiras-e-suas-caracteristicas/>. Acesso em 21 de outubro de 2015.

MUSEU DO ÍNDIO: Arte Indígena: Pinturas, Cerâmicas e Plumagem, 2015. Disponível em <http://www.museudoindio.org.br/arte-indigena-pinturas-ceramicas-e-plumagem/. Acesso em 21 de outubro de 2015.