domingo, 29 de novembro de 2015

A luta pela liberdade


            Os Tupinambás são um povo indígena brasileiro que, até o século XVI, habitava duas regiões da costa brasileira, a primeira ia desde a margem direito do rio São Francisco até o recôncavo Baiano, a segunda abrangia o litoral sul do atual estado de São Paulo.
Por se concentrarem no litoral os tupinambás foram os primeiros indígenas que Pedro Alvares Cabral se deparou quando chegou ao litoral do Brasil em 1500.Os franceses aqui também fundaram a colônia da França Antártica e os Tupinambás se tornaram seus aliados, mas os portugueses não demoraram a expulsá-los e com isso os índios se deslocaram para o interior.
Ritual de caiunagem
Eram umas das tribos mais temidas do Brasil por estarem constantemente em guerras com portugueses ou outras tribos, além de serem adeptos da pratica da antropofagia nos rituais de cauinagem, que consistia em comerem guerreiros de outras tribos capturados em batalha, pois acreditavam que isso absorveria sua força ou também por vingança, já que ao que indica na tradição indígena o ato de comer um indivíduo que lhe teria causado alguém mal seria uma reação normal.

Bula Veritas Ipsa


Em 1537, na Europa foi imposta pelo papa Paulo III na Bula “Veritas Ipsa”, que os índios deveriam ser considerados humanos por apresentarem comportamento manso, dócil, benigno, especialmente os divulgados pela carta de Vespúcio, não encontrando motivo algum para sua exploração, já que a justificativa inicial para tal ato era de que o nativo brasileiro era como uma fera, um selvagem que deveria ser catequizado e controlado como um animal. Este documento influenciou outros representantes da igreja como Frei Bartolomeu de las Casas e o Bispo de Chiapas que foram contra as ideias conservadoras de que todos os índios deveriam ser catequizados e só assim receberiam a humanidade.
Ou seja, o índio começava nessa época seu processo de independência, já que até mesmo representantes da igreja os apoiavam, mas esse processo não foi pacífico, pois em busca de maior liberdade e menos opressão por parte dos colonizadores portugueses e, com ajuda dos Franceses, ocorreram algumas revoltas indígenas, como a dos tamoios e a Brasílica.

Revolta Brasílica

Mem de Sá
            Na sua chegada ao Brasil, Duarte da Costa veio acompanhado por um grupo de padres jesuítas dentre os quais estava José de Anchieta. A atuação destes dois clérigos foi de grande importância no processo de formação dos primeiros centros urbanos e instituições de ensino. Paralelamente, a missão catequizadora destas duas figuras proporcionou um intenso contato com as populações indígenas que aqui viviam, porém, esses contatos nem sempre eram amistosos, pois desencadearam revoltas com tribos indígenas como os Tupinambás.
            No ano de 1555, duarte da Costa enfrentou sérios problemas com  a tentativa dos franceses de consolidar uma côlonia na região do Rio de Janeiro. O conflito desenvolvido após a chegada dos franceses foi de extrema dificuldade, pois os invasores contavam com o apoio dos índios lutavam contra a presença dos portuqueses que faziam uso de uma política escravista, como Duarte da Costa, em relação ao nativo brasileiro.
            Esses vários problemas que marcaram a administração de Duarte da Costa acabaram dando fim ao seu governo. Dessa maneira,  ele foi substituído por Mem de Sá no ano de 1558.


Confederação dos Tamoios


Por volta de 1556, o governador da capitania de São Vicente, Brás Cubas, pretendia promover a colonização através da escravização de indígenas, para servirem nos engenhos de açúcar da capitania. Para facilitar esse processo, Brás Cubas mandou um de seus companheiros, João Ramalho, para a tribo dos tupiniquins, para casar-se com Bartira, filha do cacique Tibiriçá. Com isso, ele explorou uma das práticas indígenas chamada de cunhadismo, na qual um homem, ao se casar com uma mulher de determinada tribo, passava a ser membro dessa tribo. No caso de Brás Cubas, através de seu companheiro, conseguiu estabelecer uma forte aliança entre tupiniquins e portugueses, que realizaram um ataque à aldeia dos tupinambás, para aprisioná-los e usá-los como mão-de-obra escrava.
Com o ataque, a aliança conseguiu capturar o chefe tupinambá, Caiçuru, mantendo-o aprisionado no território do governador Brás Cubas. O tupinambá, devido a péssimas condições de sobrevivência, morreu no cativeiro, despertando o espírito de vingança da tribo tupinambá, que passou a ser comanda por Aimberê, filho de Caiçuru, que declarou guerra aos colonos portugueses e seus aliados. 
Na mesma época desses acontecimentos, os franceses chegaram ao Rio de Janeiro, para colonizar o território brasileiro e extrair as riquezas que todos falavam. Eles viram a oportunidade perfeita para eliminar boa parte dos portugueses, então se uniram a causa de Aimberê, juntamente com as outras tribos tupinambás espalhadas pela costa brasileira, dando início a Confederação dos Tamoios.
 Cunhambembe, líder da tribo tupinambá de Angra dos Reis, assumiu a liderança da confederação, por ser considerado valente e destemido. Para patrocinar os conflitos, os franceses ofereceram armamentos para Cunhambembe. Porém uma epidemia causada pelo contato com os brancos acabou matando o líder da Confederação dos Tamoios e vários outros combatentes.
 Aimberê voltou ao seu posto de líder para continuar com a revolta contra os portugueses. Ele fez o possível para conseguir o apoio de Tibiriça, e no primeiro momento ele aceitou, mas acabou declarando fidelidade aos portugueses e iniciou uma luta contra Aimberê e seus companheiros, que acabou com sua morte.
José de Anchieta
   Essa onda de violência chamou a atenção do padre Manuel da Nóbrega, que pediu ajuda a José de Anchieta para amenizar a situação. Para isso foram reunidos líderes de todas as tribos envolvidas com a intenção de formar um acordo. Os líderes das tribos queriam a saída dos portugueses. Depois de uma longa negociação entre os portugueses e as tribos indígenas, José de Anchieta e os jesuítas conseguiram convencer os índios que foram para a capitania de São Vicente para fechar o tratado de paz. Os índios aprisionados foram libertados.
  Por um período de um ano a paz se estabeleceu, mas os índios voltaram a ser escravizados pelos portugueses, que aproveitaram o período de paz para fortalecer seu poder militar.
   As batalhas recomeçaram. Os tupinambás, juntamente com seus aliados e contando com a ajuda dos franceses, resolveram lutar até a morte, mas os portugueses conseguiram derrota-los e a guerra se estendeu por mais um ano, até o governador geral do Brasil, Mem de Sá, reforça o exército de seu sobrinho, Estácio de Sá, e no dia 20 de janeiro de 1567, os índios perderam a luta com a morte de Aimberê.
    Com o fim desse episódio da história, os portugueses perceberam a dificuldade de se escravizar os índios e decidiram importar mão-de-obra africana com os navios negreiros.

   Os portugueses quando aqui chegaram possuíam uma superioridade bélica relevante, além de formularem estratégias de dominação envolvendo alianças com outras tribos e a disseminação de epidemias que devastaram tribos inteiras de indígenas, mas esse povo que aqui se encontrava em maior número e mesmo com um poder bélico menos avançado prosseguiam as batalhas com um espírito guerreiro que impressionava seus adversários. Com essa determinação e o espírito de vingança característico da tribo Tupinambá esses povos aliados aos franceses conseguiram sua liberdade ao longo do século XVI, além de conquistas que marcaram a história de nosso país como a retirada de Duarte da Costa do  poder e a liberdade que desencadeou o processo de escravização africana que pendurou até 1888.


Referências Bibliográficas

COUTO, Ronaldo. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=VIxJBQAAQBAJ&pg=PA130&dq=Tupinambas&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false. Acesso em vinte e três de novembro de dois mil e quinze.

DELPHINO, Cristine. Disponível em http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/confederacao-dos-tamoios/. Acesso em onze de novembro de dois mil e quinze.


BARBOSA, Maria de Fátima Medeiros. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=xQfYluwjNC0C&pg=PA52&dq=bula+veritas+ipsa&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=bula%20veritas%20ipsa&f=false. Acesso em vinte e nove de outubro de dois mil e quinze.




Daniela e Nathan





sábado, 14 de novembro de 2015

Empreendedorismo Social

      Uma profissão e um ato solidário

    Empreendedor social é aquele que monta um negócio não se preocupando apenas com o lucro pessoal, ele visa também como parte de seu trabalho resolver problemas sociais e buscar por melhoras em diversos setores da sociedade. Embora não seja muito conhecido, este trabalho já possui diversos representantes no Brasil e no mundo.
    Da mesma forma que empreendedores gerais procuram inovar no mercado e trazer mudanças positivas aos negócios, os empreendedores sociais visam inovações capazes de melhorar condições sociais e causar um impacto positivo no mundo. Alguns dos problemas enfrentados por esse trabalho, que servem como exemplo, são a pobreza, a fome, a desigualdade social e a falta de moradia às pessoas que sofrem com desastres naturais e perdem seus bens.


 
    Apesar de ambos possuírem um trabalho semelhante, as ONGs ( Organizações Não Governamentais ) e Empreendedorismo Social são incorporações diferentes, pois a primeira busca melhorar a sociedade por meio de investimentos involuntários e eventos beneficentes cujos representantes não lucram para si. Já o outro tem o mesmo objetivo, mas é através da oferta de produtos e serviços, como uma própria empresa, mantendo um equilíbrio entre o financeiro e o desenvolvimento sustentável. O lucro que os empreendedores adquirem com esse trabalho não é algo ilegal ou injusto, como muitos pensam, tendo-se em vista que além de ser um direito de remuneração deles, torna-os independentes de órgãos do governo ou partidos políticos para contribuírem com melhorias sociais.
    Tem crescido cada vez mais o número de empreendedores sociais em diversos países, e junto a eles tem sido melhorada a situação daqueles que necessitam e o governo tem recebido um imenso auxílio. Portanto, além de uma profissão, é uma mão que se estende.













sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Dog Walker



  Não é difícil encontrar pessoas que gostam de animais, muito menos aquelas que gostam de passear pelas ruas da cidade. Se você consegue conciliar esses dois, talvez a profissão de Dog Walker seja adequada para você!

  Em cidades grandes, principalmente, muitas pessoas que possuem um ou mais animais de estimação, como os cachorros, vão trabalhar e ficam com um pouco de receio ao deixar seus bichinhos sozinhos em casa, sem fazer nada. Esse problema foi notado por alguns empresários e pessoas, que começaram a investir no negócio. A profissão de Passeador de Cães (ou Dog Walkers) é simples: algumas pessoas se disponibilizam a passear com os cachorros cujos donos, não possuem tempo para fazê-lo. Os passeadores podem trabalhar sozinhos ou até para uma empresa. O tempo de passeio, em geral, dura uma hora e acontece uma vez por dia (por dono) de segunda a sexta.

  O preço dos passeios é, normalmente, cobrado por mês e pode ir de R$ 180,00 até R$ 700,00. Isso acontece, pois existem passeadores que preferem caminhar com apenas um cachorro e por um período de tempo mais longo, podendo dar mais atenção ao animalzinho. A psicóloga Isabela Coutinho, de 34 anos, tem um cachorro da raça Labrador e contrata os serviços de um Dog Walker que, por mês, chega a gastar R$ 500,00 apenas com o serviço. Em um depoimento dado pela psicóloga ao jornal, ela diz ser um gasto imprescindível, pois seu cachorro possui um porte muito grande e acaba se tornando um gasto benéfico, já que o animal gasta sua energia e não fica confinado dentro de casa.

  Quem possui interesse em seguir essa profissão deve ter conhecimento de que não é preciso cursar uma faculdade específica, no entanto, Cursos de Adestramento são indicados. O interessado deve ter conhecimento das raças de cachorros, deve saber agir em casos de emergência, e por último e não menos importante, a amor e carinho pelos animais!



Lucas Singulano