quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O ciclo da migração

Como ocorreu no Rio de Janeiro com os cortiços no fim do século XIX e começo do século XX, a reurbanização que deu origem a modernização dos centros urbanos também vem ocorrendo na atualidade nas grandes cidades, atingindo as regiões periféricas para as quais as pessoas menos favorecidas foram obrigadas a se deslocar no passado e hoje em dia lutam pelo direito de ter um local para morar como qualquer cidadão.
Sabe se que o projeto de expansão da malha urbana vem crescendo desde a década de 1950 com o fato da industrialização do Brasil e com esse processo houve um grande êxodo rural que transformou o país de exclusivamente rural para um país com sua população em maioria nas cidades em algumas décadas, trazendo consequências como o inchaço urbano, já que as estruturas da cidade não estavam capacitadas para receber tantas pessoas, além de ser um dos principais fatores de deterioração  do meio ambiente.
Devido a esse crescimento das cidades e uma enorme parte da população que não possuía condições para manter uma vida nos grandes centros, que foram principalmente utilizados para a localização de indústrias, essa mazela se deslocou para áreas periféricas da cidade ocupando terrenos as vezes perigosos e possuindo moradias instáveis.
Todavia, como o crescimento urbano é continuo as áreas hoje ocupadas por moradias mais precárias tem sido reivindicadas por seus proprietários, que praticam a especulação de terras, ou almejam criar centros comerciais que beneficiam em maior parte pessoas com alto custo de vida e estão obrigando os moradores a se deslocarem novamente de suas casas, o que se gera a dúvida, essas pessoas pessoas não tem direitos a uma moradia?

            Como se pode perceber existe uma clara desvalorização da classe mais pobre, um erro que pode estar prejudicando fortemente o nosso meio ambiente, pois como dizem os estudos de urbanistas, como da professora Margareth Leta, as nascentes e encostas são mais protegidas em áreas de ocupação espontânea, além de esta classe merecer os mesmos direitos que possuem qualquer outra classe em nosso país, já que também fazem parte do povo brasileiro, devendo o governo designar áreas especificas para que essas pessoas se instalem e tenham direito a uma melhoria de vida.







5 comentários:

  1. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, e podemos observar que juntamente com o nosso desenvolvimento econômico, houve um crescimento da miséria e das disparidades sociais. A industrialização possibilitou o crescimento das cidades, mas também, aumentou o número de favelas, já que como não possuíam uma alta renda, sendo que a maior parte dos trabalhadores eram funcionários das indústrias e recebiam salários baixos, acabaram indo morar em áreas com um baixo custo de vida. Sendo que todos os cidadãos brasileiros apresenta os mesmo direitos e considerando o fato de que uma classe econômica não é melhor do que qualquer outra classe, o governo deveria criar propostas e projetos para que essas pessoas possam se instalar em áreas que apresentem uma melhor qualidade de vida.

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  2. Devido as disparidades econômicas ocorrentes no Brasil, há uma clara diferença entre os lugares onde os pobres e os ricos se instalam, por esse motivo as pessoas bem sucedidas moram nos centros e as mais pobres nas periferias. A macrocefalia urbana gera problemas estruturais para a cidade, os quais prejudicam o bem-estar da população. Referente ao texto, ele foi bem escrito, a linguagem está boa e é clara o que possibilita enxergarmos o seu entendimento sobre o assunto.
    Amanda Sant'Anna

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  3. O seu texto ficou bom e o assunto tratado é muito interessante, já que é um problema que afeta muitas pessoas. O processo de reurbanização ocorrido no Rio de Janeiro proporcionou à expulsão de boa parte da população pobre e trabalhadora do centro da cidade, que perderam seus direitos á moradia e se organizaram na periferia. Hoje, o que se vê não é diferente, muitos proprietários obrigam moradores de áreas pobres a se deslocarem de suas casas para dar lugar a grandes centros comercias, causando problemas ambientais, além de não respeitar os direitos de moradia das pessoas.

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  4. O tema tratado é interessante e apesar de estar evidente em nossa sociedade, principalmente nos grandes centros urbanos, ele ainda não é tratado como deveria, já que oferecer uma melhoria de vida para as famílias das periferias não é interessante para a maioria daqueles que tem condições de oferecer essa melhoria. Como apresentado no texto, a desigualdade não é um assunto presente apenas na atualidade, no século XIX também era possível ver essas desigualdades geradas para atender os grandes capitalistas que construiram suas indústrias nos centros urbanos expulsando os moradores mais pobres que não tinham outra escolha a não ser morar nos cortiços. O texto ficou bem estruturado e de fácil compreensão.

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  5. Certamente o Brasil é uma nação com profundas desigualdades, que são anunciadas diariamente nos noticiários de TV e nas manchetes de jornais. Podemos também observar com clareza nas ruas de cidades e nas paisagens do campo, sendo percebidas por meio da pobreza, da fome, do desemprego e da violência por um lado. Por outro lado podemos observar uma minoria que vive no luxo e que explora essa classe desprivilegiada. Com relação ao seu texto ficou bom, apresentou uma boa estrutura e uma boa argumentação.

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