sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Terapia dos "bichos"







   Bioterapia, ou Terapia Biológica, é o nome atribuído para uma forma de tratamento que são usados agentes biológicos para estimular e/ou restaurar o sistema imunológico do paciente, para combater diversos tipos de doenças e infecções. Claro, existem diversos tipos de bioterapia (yoga e meditação são exemplos), mas esta é sobre, especificamente, o tratamento feito com animais, como: sanguessugas, abelhas e larvas de moscas.
   Apesar de haver diversos indícios apontando que os Maias, na América Central, e os Aborígines, na Austrália, tenham sido pioneiros, o primeiro registro oficial desse método aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial (1914), na qual os soldados feridos foram tratados com aplicação de larvas. Em 1927, essa prática foi levada para os hospitais pelo cirurgião Willian Baer, mas não foi levada a sério pelas pessoas, afinal, esses animais eram tidos como asquerosos e nunca poderiam fazer bem, sem contar que por volta dos anos 40, com o desenvolvimento dos antibióticos, a bioterapia foi deixada em segundo plano. Algumas décadas depois, por volta dos anos 60 e 70, com a descoberta de bactérias mais resistentes aos antibióticos, a prática voltou a ser usada e se espalhou por diversos países, como: Estados Unidos, Israel e muitos países europeus.
   As larvas de mosca-varejeira são usadas em ferimentos e queimaduras, sendo uma técnica muito famosa entre índios e soldados. As larvas recém chocadas, são esterilizadas e depois aplicadas nos ferimentos. Elas se alimentam do tecido morto e de bactérias maléficas, por isso acabam preservando o novo tecido, sem contar que ajudam no processo de cicatrização. As sanguessugas são usadas, normalmente em hematomas, pois elas "chupam" o sangue sem causar dor e restabelecem a circulação de sangue em locais em que, por exemplo, são realizadas cirurgias. Esse tratamento começou a ser utilizado há mais de dois mil anos, sem contar que no século 19, hospitais em Paris usavam até seis milhões de sanguessugas para retirar 300 mil litros de sangue por ano dos pacientes. Por último, as abelhas melíferas que são usadas para curar o reumatismo, artrite, infecções na pele, doenças oftalmológicas, entre outros. São retirados dessas abelhas seu veneno, que possui função anti-inflamatória e pode ser usado para a produção de pomadas e vacinas. Em Cuba, apesar de sua eficácia não ser comprovada cientificamente, o paciente recebe ferroadas das abelhas e é usado para tratar da esclerose múltipla no país.
   No Brasil, o método está em fase experimental, testado apenas em animais de laboratório, mas acredito que deveria ser utilizada normalmente em nosso país, pois como mencionado, as vantagens são imensas, além de curar diversos problemas que, em situações normais, demoraria muito para tratar. 

6 comentários:

  1. A importância de se conhecer novos métodos de tratamento como o apresentado é gigantesca, entre outros motivos, pela difícil missão que nossa sociedade tenta vencer de satisfazer todas as pessoas. Achei muito bom o texto, cada uma das partes de uma dissertação está claramente descrita, além de trazer um tema inovador e inesperado! (:

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  2. Gostei muito do seu texto, pois está muito bem escrito e alem de fácil leitura possui um bom sistema lógico que faz com que as informações se conectem e se complementem. Achei muito legal o tema abordado, pois quando mencionamos palavras como moscas, sanguessugas e larvas pensamos logo em doenças e no quanto tais "bichos" são asquerosos. Porém você nos demonstrou o quanto eles são importantes para nossa saúde, não como maneira de contrair doenças, mas sim com o intuito de melhorar nossa saúde.

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  3. Parabéns, Lucas! Quem acompanha seus textos no blog provavelmente pode perceber o quanto sua escrita tem melhorado e como você está a aprimorando cada vez mais. O tema que você escolheu é muito interessante e foi bacana apresentar isso a nós. A ciência é realmente incrível, e saber que essa técnica já era usada a tantos anos atrás é ainda mais sensacional. Concordo com você que os brasileiros deveriam colocar esse método em prática, afinal, os benefícios são evidentes e a curto prazo.
    Priscila Matos

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  4. Nunca imaginei que larvas de moscas pudessem ter tal utilidade! Adorei saber mais sobre esse incrível ramo da ciência, que sempre nos surpreende. O tema é interessante, e você descreveu tudo em detalhes muito esclarecedores, com vocabulário bem elaborado e organização do conteúdo.

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  5. Parabéns adorei seu texto, o tema é bem interessante e seu texto ficou bem informativo, nos falando de forma clara e objetiva de todo o funcionamento da bioterapia. Eu já tinha ouvido falar das abelhas e das sanguessugas, e achei um máximo essa das larvas, que a meu ver não serviam para nada e eram bem nojentas. É muito bom ver que estão achando outras soluções para curar algumas doenças e não se apoiam somente em remédios.

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  6. Seu texto foi muito bem escrito e organizado, expondo todas as informações de forma clara e simples. Além disso, o tema é muito interessante! Sempre gostei de conhecer mais sobre métodos que são menos agressivos durante o tratamento de enfermidades, é algo que me agrada muito! Parabéns!!!

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