A maior empresa brasileira caminha para a falêcia

          Ultimamente algo que tem tomado os noticiários de TV, de forma excessiva, é o escândalo da Petrobras, que é a empresa brasileira de maior valor, ou pelo menos era. Em meio a inúmeras denúncias por corrupção, pagamento de propina e outros escândalos, como os das refinarias em Japão e EUA e uma história extremamente mal contada com relação á uma dívida com a Venezuela, só podemos chegar a uma conclusão: estão matando a maior empresa do Brasil, ou já mataram, uma vez que a Petrobras teve 59% de suas ações desvalorizadas e acumula uma dívida líquida de 221 bilhões, além de 201 bilhões de valor em mercado no governo Dilma.

          Como eu disse no parágrafo acima, não são poucos os escândalos que envolve esta grande empresa, a começar pelo caso da refinaria em Pasadena, nos EUA. Esta aquisição por parte dos brasileiros gerou e ainda tem gerado muita investigação pelo fato de ter acontecido, em 2010, um misterioso saque de 10 milhões de dólares, com “autorização verbal”. A própria empresa disse que considera o caso normal. Inacreditável, pois não há nenhum motivo aparente para tal ação e se houver, não foi provado até hoje. Um caso parecido, é o da refinaria do Japão, adquirida mesmo ciente dos ricos de prejuízo que ela oferecia, a Petrobrás só teria lucro caso adaptasse a refinaria para produzir 100 mil barris por dia, mas não foi isso que aconteceu e continuou produzindo 45 – menos da metade. A empresa, após investir mais de 110 milhões de dólares, tentou vender a refinaria em 2013 e não conseguiu. Hoje, ela é vista como um “ativo não estratégico”.

          Os escândalos não param por aí: em 2014, houve a revelação de outro caso, um que envolve uma dívida da Venezuela perdoada pela Petrobrás, que havia sido feita para construir a refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco. Já que o Brasil,  na época de Lula, havia aberto mão da documentação da dívida, ele se tornou o responsável por garantir sozinho um lucro de 20 milhões de dólares. Novamente algo inacreditável. Um ex-diretor da Petrobrás disse que foi um acordo de camaradas, e um jornal teve acesso à documentos que provaram que não havia contrato nenhum, e sim um acordo que previa um pagamento de dívidas pela Venezuela. É, sem dúvida alguma, um dinheiro que faz falta à empresa hoje em dia. O motivo de terem aberto mão dele é desconhecido.

Talvez o escândalo mais recente seja o da Operação Lava-Jato. Este caso surgiu em um posto de gasolina – por isso o nome – e investiga um grande esquema de desvio e lavagem de dinheiro na Petrobrás. Alguns pivôs do caso já foram presos, como o doleiro Alberto Youseff e o ex-diretor Paulo Roberto da Costa. Depois destas prisões, uma série de parcerias destes homens com políticos, empresas e outras foram reveladas, como o pagamento de propinas que abastecia os cofres dos partidos PT, PMDB E PP. A refinaria de Abreu e Lima era estimada em 2 bilhões de dólares, hoje, a obra já passou dos 18 bilhões e ainda não foi encerrada. Estes foram apenas poucos pontos citados entre inúmeros que provam o que virou a Petrobrás e o que ela se caminha para se tornar: uma empresa falida.

          Acredito que a minha opinião sobre o Caso Petrobrás seja a mesma de todos que lerem este texto: é um absurdo sem tamanho o que fazem com os bens que o nosso país possui, a Petrobrás era uma empresa respeitada mundialmente e era tida como a maior brasileira, hoje em dia, só decai. Uma das causas disto tudo é a falta de impunidade no Brasil e o descaso, a falta de vontade de investigar e saber o que fazem por trás dos planos. Pessoas ficaram podres de rica ás nossas custas e poucos se movem para mudar isso. É algo revoltante que já está (quase) sem volta, falta pouco. Em 2013, um grupo de investidores e economistas fez uma previsão sobre a falência da Petrobrás e a conclusão que chegaram foi de que falta muito pouco para isso – na época previram três anos. O “prazo” está chegando e as coisas continuam como estão há anos. 

Obras da refinaria Abreu e Lima não finalizadas.

Victor Castro