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domingo, 30 de outubro de 2016

Os dois lados sobre a PEC 241

    Quando uma notícia que envolva politica aparece nas mídias todo cuidado parece pouco, isso porque diversos segmentos da sociedade tendem a analisar as medidas politicas conforme suas necessidades a serem afetadas, o que pode muitas vezes comprometer o adequado entendimento da população em geral.
     Tão logo deu inicio o governo de Michel Temer e o país já se dividiu em relação ao apoio ou não á Proposta de emenda a constituição 241 que pretende viabilizar a recuperação da economia brasileira com o congelamento das despesas do Governo Federal por um período de até 20 anos. Posições favoráveis ou contra, ambas devem ser analisadas para que os leitores possam de fato ter uma opinião critica adequada sobre o tema. Analisar apenas uma fonte pode comprometer o entendimento verídico da informação. Dois conceituados meios de comunicação trouxeram opiniões contrarias importantes.
   A revista Carta Capital aborda o tema se posicionando contra a proposta do governo com o argumento de que o congelamento global estrangularia outras áreas, principalmente a saúde e a educação.  De acordo com a revista os problemas fiscais que o país esta enfrentando não são apenas das despesas públicas, mas sim, da forte queda da arrecadação e ao aumento do gasto com dívidas. Além disso, o prazo de vigência do teto é considerado longo demais, não havendo flexibilidade para ajustar as contas públicas. 
     Já a revista Época apresenta a PEC como a proposta mais viável para conter a crise econômica. O país passa por uma situação em que o governo gasta muito mais do que arrecada, somente no ano passado, o buraco nas contas públicas foi de R$ 115 bilhões. Assim, se o movimento não for contido, o governo ficará cada vez mais endividado e a única fórmula de evitar o agravamento da crise é a PEC 241. Através desse projeto as despesas do governo irá se estabilizar e, aos poucos, a dívida pública vai se reduzindo e trará sustentabilidade ao país.
     Duas vertentes, dois meios de comunicação e a sorte do País nas mãos do leitor que lê mais a Carta Capital ou a Época? Importante mesmo é saber que para tudo existem dois lados e que ao tomar uma posição é ideal que ambas as situações sejam corretamente analisadas para evitar que influencias tendenciosas comprometam tomadas de decisão importantes.





Capa revista Época 
Capa revista Carta Capital 








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Referências bibliográficas. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O disfarce perfeito

O Protocolo de Kyoto foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram, dessa forma, comprometeram-se a implantar medidas com intuito de diminuir a emissão de gases poluentes. As metas de redução de gases não são as mesmas para todos os países, colocando níveis diferentes de redução para os 38 países que mais emitem gases, além de países em desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e, principalmente, China, não receberam metas de redução. Decorrente disso, a mídia passa a abordar a situação de maneira tendenciosa, utilizando-se de recursos midiáticos que podem interferir na intensão textual.
O Jornal folha de São Paulo aborda o tema de maneira a ressaltar os fatores econômicos e políticos, principalmente focado nas relações entre EUA  e China, os dois maiores poluidores do mundo, representando cerca de 45% das emissões globais de carbono, que se recusam incessantemente aceitar o acordo ou não ratificá-lo devido as consequências na economia, outra justificativa dos Estados Unidos é que países em desenvolvimento, mas que já emitem enormes quantidades de CO2 na atmosfera também façam parte do acordo, devido ao crescimento econômico da China, que pode ultrapassar os EUA em pouco tempo como a maior potência econômica, tratando um assunto ambiental como um jogo político.
O jornal Folha de São Paulo, ainda usa um artifício de manipulação para desviar o foco do grave problema que está sendo abordado, já que o inicial objetivo do acordo, que era manter a temperatura atual da Terra,  não será possível, já que o mínimo a ser evitado são 3 °C de elevação da temperatura, usando a estratégia da distração, já que a todo momento apresenta grandes conquistas do Protocolo de Kyoto para o mundo, mesmo dizendo, “O acordo fracassou em reduzir as emissões mundiais de gases estufa, que cresceram 16,2% de 2005 a 2012.”( Dez anos depois, Protocolo de Kyoto falhou em reduzir emissões mundiais, Folha de São Paulo, 16/02/2015).
Por outro lado, o Jornal GGN, se posiciona de maneira totalmente contrária aos Estados Unidos, dando enfoque que é ele o principal causador da atual situação do tratado, já que se recusa a assiná-lo, influenciando países como a Rússia a desejarem a saída do acordo. “Enquanto todos pareciam concordar sobre a necessidade de se prorrogar o Protocolo de Kyoto — mesmo com divergências em alguns detalhes — os americanos insistiam que o estabelecimento de metas para combater as mudanças do clima não deveria ocorrer” (EUA é contra renovação do Protocolo de Kyoto, GGN,09/12/12). Assim como o GGN, o site da UOL implica grande causa do fracasso do tratado até hoje a ambição econômica dos países mais ricos, mas ressalta as graves consequências que terão para o mundo caso a situação do aquecimento global não seja revertida.
Enfim, como é possível perceber a mídia usa de recursos para dar ênfase ou “maquiar” algum assunto de seu leitor de acordo com seus interesses ou ideologias, cabe ao leitor se tornar mais crítico as informações que lhe são passadas para que este não se torne alguém manipulado pela mídia, como podemos perceber em notícias relacionadas a política, passadas pela Globo ou outras mídias televisivas, que podem ser muito tendenciosa em relações a partidos e ao que será divulgado para seus telespectadores.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, é recebido pelo primeiro-ministro do Catar, na abertura da COP 18, em Doha, capital do país

http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/meio-ambiente-enfraquecido-protocolo-de-kyoto-e-estendido-ate-2020.htm
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2015/02/1590476-dez-anos-depois-protocolo-de-kyoto-falhou-em-reduzir-emissoes-mundiais.shtml
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/eua-e-contra-renovacao-do-protocolo-de-kyoto


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O QUE AS OLIMPÍADAS NOS ENSINOU?


      Entre os dias três e vinte e um de agosto começou um importantíssimo evento esportivo em nosso país, as Olimpíadas, que teve como cidade sede o Rio de Janeiro. Foram 205 países disputando 42 modalidades diferentes de esportes. O país foi escolhido para realizar o evento em 2 de outubro de 2009, durante o governo de Lula, e agora sete anos depois termina com sucesso.
  Os jogos olímpicos nos trazem muitos ensinamentos, durante sua exibição acompanhamos atletas que realizavam o impossível aos olhos de nós, leigos expectadores, vimos histórias de superação, de sucesso, de fracasso, vitórias e derrotas, o que só pode nos levar a refletir sobre a vida. Nós nunca sabemos o que esperar dela, mesmo quando damos o nosso melhor, pode não ser suficiente, nem sempre seremos os melhores, e se formos, devemos lembrar de quem éramos antes de o conseguir. E o que mais pode inspirar crianças e jovens a seguirem seus sonhos, se não justamente essas histórias encorajadoras? Além disso investir no esporte é uma das formas mais viáveis e eficazes para lidar com problemas sociais como uso de drogas, violência ou a pobreza, integrando essas pessoas a sociedade. E ainda sobre as crianças e jovens, as Olimpíadas trazem um prato cheio para se explorar geografia, história, educação física, sociologia, etc...trazendo ao longo do tempo discussões políticas, religiosas e sociais.
     As Olimpíadas são uma representação da harmonia, paz, competição saudável, superação e união dos povos, em que as diferentes culturas se reúnem para aplaudir o esporte, onde o espírito olímpico deve reinar e ensinar à todos o repeito mútuo e aceitação do que é diferente, além do mais quando o mundo se volta para assistir um país, aprende um pouquinho sobre seus costumes e crenças, fazendo com que as pessoas possam se sentir mais próximas e empáticas.
     Enfim, o que então as Olimpíadas nos ensinou? Cada um deve tirar sua própria conclusão, mas é impossível negar que todos nós nos sentimos mais humanos ao olhar com carinho, respeito e admiração para todos aqueles atletas que trabalharam duro para chegar até ali, e que são a representação da superação e dedicação.


AMANDA DE ANDRADE SANT'ANNA 

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Yoga e meditação: mudança que vem de dentro

Atualmente, vivemos em uma sociedade capitalista marcada pelo consumo, informação e estímulos constantes que ocasionam sérios problemas em nossa qualidade de vida. Certamente, a pressão a que somos submetidos altera os níveis de estresse, prejudicando tanto a aprendizagem quanto desenvolvimento da afetividade. Todavia, a Yoga e a Meditação podem ser a solução para isso, uma vez que acalmam as emoções e silenciam nossos pensamentos.
Os conhecimentos de Yoga e Meditação buscam, acima de tudo, a saúde e equilíbrio do corpo e mente que são desenvolvidos através da observação dos valores éticos, respiração adequada, movimentos corporais, alimentação saudável e cultura de pensamentos positivos e pacíficos, envolvendo assim, dimensões físicas, emocionais e psíquicas.
Muitos estudos na área de Neurociência que utilizam tecnologias de imagens cerebrais, demonstram que a prática de meditação promove mudanças significativas na plasticidade cerebral. Pesquisadores vinculados a Havard e ao Hospital Geral de Massachusetts, constataram que a Yoga e Meditação auxiliam no desenvolvimento nas áreas do cérebro que dão suporte ao aprendizado, memória, regulação emocional, tomada de decisões, empatia e compaixão. Ademais, foram observadas mudanças em áreas neurotransmissores, bem como, a diminuição da área ligada ao estresse, medo e ansiedade.
Como se não bastasse, as práticas das posturas Yoga e Meditação, dão flexibilidade às articulações, reposiciona a coluna vertebral dentro do seu eixo, harmonizando o funcionamento de todos os seus órgãos. Com a prática contínua, os músculos são tonificados e alongados, os órgãos internos massageados e o sistema endócrino é regulado de maneira a secretar quantidades corretas de hormônio no organismo. Benefícios esses que podem ser percebidos a partir de oito semanas de prática.
Em síntese, pode se afirmar que a Yoga e Meditação devem ser associadas a processos educativos uma vez que extrapola para novos patamares de respeito, amorosidade, empatia, superando os interesses egoístas de uns e outros, na construção, primordialmente, de um mundo mais fraterno e saudável.



África: por que a pobreza em meio à riqueza?

Coltan
                O continente africano possui grande abundância de recursos que no restante do mundo estão escassos, o maior exemplo é o mineral coltan, essencial para a eletrônica moderna por ser um metal duro e excelente condutor de eletricidade. Outros recursos encontrados no continente são: petróleo, ouro, cobre, diamantes, estanho, entre outros. Mas essa riqueza de recursos importantes para o mercado internacional está em contraste com o alto índice de pobreza da África.
          
      Para se entender a atual situação da África, é preciso voltar ao século XIX, no Imperialismo na África, quando a intervenção europeia no continente estava apenas no litoral, mas novas potências surgiram, aumentando as disputas por novos territórios africanos e sua exploração devido à descoberta de riquezas naturais – ouro, cobre e diamantes. O continente foi intensamente explorado por séculos, enquanto países europeus se tornavam cada vez mais ricos.
Marange (2006)
                 Diante da exploração que sofreu durante anos e a pobreza que assola o continente africano, a história do Zimbábue é a que mais chama atenção. O país se tornou independente da Grã-Bretanha em 1980 e Robert Mugabe está no poder desde então. Em fevereiro de 2000, ele promoveu uma reforma agrária, invadindo propriedades da minoria branca adquiridas na Era Colonial, e as terras foram divididas entre 150 mil famílias de pequenos agricultores negros. Mas, mesmo com a reforma e a descoberta de Marange (jazidas de diamante encontradas no país em 2006), o Zimbábue tem a pior média entre os 169 países que compõem o raking mundial do IDH.

               Com isso, é possível perceber que o fato de ser explorado pelos europeus contribuiu, e muito, para a atual situação do continente africano, que mesmo com uma reforma agrária (Zimbábue) distribuindo terras para as famílias pobres, não é possível para elas tornarem as terras mais produtivas, pois não tem programas no país que auxiliem essas pessoas. Então é necessário “ensinar” aos africanos como lidar com as riquezas do continente, como o coltan, e não simplesmente tirar-lhes isso, trazendo a oportunidade de poder investir em estruturas para melhorar a vida da população.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

BRICS e as disputas econômicas mundiais

       Criado pelo economista inglês Jim O'Neil no início da década de 2000, o termo BRICs, representando as iniciais dos países Brasil, Rússia, Índia e China, foi elaborado com o propósito de determinar o grupo de países emergentes que, em um futuro próximo, poderão se tornar grandes economias internacionais. Esses países apresentavam, além de semelhanças econômicas, algumas particularidades que os aproximavam, bem como o crescimento do Índice de desenvolvimento Humano (IDH) e do Produto Interno Bruto (PIB).
         No ano de 2011, a África do Sul foi incorporada ao BRICs, em virtude da sua proximidade político-econômica com os países pertencentes a esse grupo, e assim, passam a se denominar de BRICS. Em contraposição ao que algumas pessoas acreditam, esses países não integram um bloco econômico, como por exemplo, o MERCOSUL ou a União Européia, visto que limitam-se a um agrupamento não formal e sem burocracias.
     Durante a realização da Sexta Cúpula do BRICS, no ano de 2014, em Fortaleza, os presidentes dos cinco países assinaram um acordo oficializando a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que consiste em um banco que se responsabilizará por promover projetos ligados à infraestrutura de países carentes e em desenvolvimento. Além disso, foi criado um Arranjo de Contingente de Reservas (ACR), com um investimento de 100 milhões de dólares, voltada a ajudar os países do agrupamento que passam por eventos de crises em seu balanço de pagamento, funcionando como um tipo de Fundo Monetário Internacional (FMI).
    O principal avanço proveniente dos BRICS está situado no investimento de setores que vão além da esfera das disputas e interesses econômicos, como o turismo, a educação, infraestrutura e inovação. Além disso, ao longo desses dezesseis anos de existência, esses países aparecem no cenário mundial como protagonistas dos países emergentes. Os dados econômicos após a organização do grupo trazem números espetaculares, visto que entre 2002 e 2012, o comércio  desses países cresceu 922%, de US$ 27 a 276 bilhões. Já entre 2010 e 2012, o fluxo comercial aumentou 29%, de US$ 4,70 trilhões para US$ 6,07 trilhões.
       Como podemos perceber, os países passaram a se internacionalizar e lutar por um maior desenvolvimento tecnológico e social. Mas o crescimento econômico acelerado não resolveu o problema da distribuição de renda, mas sim, aumentou o abismo entre ricos e pobres. Para tentar mudar essa realidade, o investimento na educação é fundamental, pois a capacidade de ler e escrever, além do acesso à informação e ao conhecimento estão profundamente ligados à igualdade de oportunidade, fazendo com que esses países possam se desenvolver, crescer e se transformar no futuro, na principal base da economia mundial.
                                                                                                          
Informações sobre os países pertencentes ao BRICS 

Realização da Sexta Cúpula dos BRICS em Fortaleza
Danielle Cunha - 2° ano

sábado, 27 de agosto de 2016

A perseguição a trabalhadores organizados em sindicatos.

       Os trabalhadores foram a principal parcela da população que sofreu durante o governo ditatorial com perseguições e a implantação de uma série de medidas que levaram a redução salarial e a piora das condições de trabalho. O sindicato foi um órgão que lutou pelos direitos desses trabalhadores, atuando na defesa dos interesses econômicos, profissionais e políticos dos seus associados. Porém, como ocorre atualmente, muitos desses trabalhadores têm medo de se filiarem em sindicatos e depois sofrerem algum tipo de perseguição. 
       A produção capitalista tem como objetivo principal a obtenção de lucro através da exploração da classe trabalhadora, logo, para um dono de indústria acumular capital ele busca reduzir os salários dos operários e aumentar a jornada de trabalho. Assim nasce a insatisfação dos trabalhadores que em busca de reivindicar seus direitos trabalhistas se filiam a sindicatos, promovendo greves e manifestações. Para os empregadores esses operários se tornam uma ameaça aos lucros, sendo perseguidos e reprimidos como forma de evitar manifestações e prejuízos na indústria.
       Essa visão desumana do empregador traz serias consequências na vida do operário, como distúrbios psicológicos, incapacidade de perceber sua importância na sociedade e principalmente o medo de expressar seu pensamento e ser reprimido ou simplesmente não ser aceito no mercado de trabalho. Ainda hoje, existem situações semelhantes, principalmente em pequenas cidades em que há pouca fiscalização. 
       Segundo grupos sindicalistas, algumas empresas atuais utilizam códigos internos para indicarem o perfil do funcionário em relação à sua atividade política, podendo ser classificado como ativista, grevista, agitador  e, até mesmo, terrorista. A partir dessa identificação, mesmo sem comprovação, o operário trabalha por mais um tempo, mas logo é demitido, sendo que sua ficha é distribuída entre as empresas de grande porte a fim dificultar sua inserção em um novo emprego. 
        Como se pode perceber a ditadura reprimir fortemente o movimento operário, mas as greves de proporções históricas contribuíram significativamente para o crescimento das forças de oposição ao regime e para a mudança do cenário político nacional. Infelizmente a perseguição ainda persiste em alguns lugares, necessitando urgentemente de intervenção .Para isso, seria necessária a ação do governo em aumentar a fiscalização sobre empresas que emprega grandes números de operários, a fim de fazer valer os direitos estabelecidos pela constituição, devendo ficar claro que é direito de todo trabalhador se filiar em seu sindicato quando quiser. 

Protesto contra a intervenção da Ditadura Militar nos sindicatos.







sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Sabedoria do Amor

A cultura ocidental foi formada ao longo dos séculos com base no discurso de dominar, assim, na sociedade atual, existe uma valorização das conquistas individuais, do ego e do narcisismo, a medida que ocorre um abandono da tolerância, empatia e compaixão. Nesse contexto foi formada a filosofia de Lévinas, segundo a qual é necessário partir do eu para encontrar o infinito (o Outro), através da prática do bem ao próximo. Dessa forma, é evidente que com a assimilação da cultura do ocidente o amor foi esquecido e seu resgate é fundamental para um convívio melhor em sociedade.
No cotidiano da era capitalista e industrial, as relações humanas acabaram ficando comprometidas e a tolerância com outro pode alterar essa situação. Ela facilita o diálogo, o que contribuiu para mudança e crescimento das pessoas, trocas culturais e também para percepção do diferente além das ideias mundanas que alguém colocou. Então, a volta do amor contribui para conhecer o outro e provoca a sociabilidade, através da bondade, partilha e diaconia.
Além disso, as inúmeras guerras, ataques terroristas, exploração das pessoas pelo sistema capitalista, atos de preconceito e machismo ocorreram devido ao fato dos indivíduos não terem um encontro real com o outro e por isso não há respeito e empatia. Portanto, a aplicação das ideias do filósofo Lévinas diminuiriam esses conflitos, por meio do aumento da justiça, da tolerância entre os povos e do ego que não viveria só para si, assim as pessoas pensariam nas demais.
Desse modo, o resgate do amor contribui para uma melhora na qualidade de vida das pessoas e para que isso seja possível é necessário que as religiões passem a ser corretamente interpretadas, para que aja respeito e tolerância ao próximo; que seja bem trabalhado nas escolas teorias do amor como de Lévinas, Platão, Descartes, Husserl e Heidegger; as pessoas comecem a dialogar mais com os outros e terem empatia; além do governo passar a incentivar a realização de eventos culturais, pois o conhecimento de diferentes culturas gera respeito e amor entre as pessoas. 
Filósofo francês Lévinas

"Fé não é uma questão de existência ou inexistência de Deus. É acreditar que o amor sem recompensa é válido" - Emmanuel Lévinas

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O ciclo da migração

Como ocorreu no Rio de Janeiro com os cortiços no fim do século XIX e começo do século XX, a reurbanização que deu origem a modernização dos centros urbanos também vem ocorrendo na atualidade nas grandes cidades, atingindo as regiões periféricas para as quais as pessoas menos favorecidas foram obrigadas a se deslocar no passado e hoje em dia lutam pelo direito de ter um local para morar como qualquer cidadão.
Sabe se que o projeto de expansão da malha urbana vem crescendo desde a década de 1950 com o fato da industrialização do Brasil e com esse processo houve um grande êxodo rural que transformou o país de exclusivamente rural para um país com sua população em maioria nas cidades em algumas décadas, trazendo consequências como o inchaço urbano, já que as estruturas da cidade não estavam capacitadas para receber tantas pessoas, além de ser um dos principais fatores de deterioração  do meio ambiente.
Devido a esse crescimento das cidades e uma enorme parte da população que não possuía condições para manter uma vida nos grandes centros, que foram principalmente utilizados para a localização de indústrias, essa mazela se deslocou para áreas periféricas da cidade ocupando terrenos as vezes perigosos e possuindo moradias instáveis.
Todavia, como o crescimento urbano é continuo as áreas hoje ocupadas por moradias mais precárias tem sido reivindicadas por seus proprietários, que praticam a especulação de terras, ou almejam criar centros comerciais que beneficiam em maior parte pessoas com alto custo de vida e estão obrigando os moradores a se deslocarem novamente de suas casas, o que se gera a dúvida, essas pessoas pessoas não tem direitos a uma moradia?

            Como se pode perceber existe uma clara desvalorização da classe mais pobre, um erro que pode estar prejudicando fortemente o nosso meio ambiente, pois como dizem os estudos de urbanistas, como da professora Margareth Leta, as nascentes e encostas são mais protegidas em áreas de ocupação espontânea, além de esta classe merecer os mesmos direitos que possuem qualquer outra classe em nosso país, já que também fazem parte do povo brasileiro, devendo o governo designar áreas especificas para que essas pessoas se instalem e tenham direito a uma melhoria de vida.







sábado, 4 de junho de 2016

Nasa captura imagens impressionantes de explosão solar


Esse artigo foi publicado na revista Scientific American, na edição de 31 de março de 2015, pelo astrônomo Caleb Scharf. O artigo aborda a explosão solar que aconteceu em 11 de março de 2015 no sol nossa estrela mais próxima grande, poderosa, e um pouco problemática. 

Tudo começou no dia 11 de março 2015, quando o sol proporcionou uma grande explosão solar de classe x. Foram lançados partículas de energia na nossa ionosfera, desligando alguns rádios por pouco tempo.

Por vivermos perto do sol em distância galáxia - são apenas 150 milhões de quilômetros -, as autoridades devem ficar em alerta a uma eventual explosão de proporções maiores, que pode acarretar muitos problemas.

É fácil ignorar esse fato, já que o Sol está apenas na metade de sua longa jornada de conversão de prótons em núcleos de hélio nas profundezas de seu interior. Apesar de tudo, a explosão foi bem tranquila, foi captada pelo observatório de dinâmica, da NASA, estacionado em sua órbita geossíncrona. 

A Nasa capturou imagens impressionantes da explosão na extremidade ultravioleta do espectro magnético. Para colocar as coisas em perspectiva, a primeira imagem (combinando duas bandas espectrais a 171 e 131 Angstroms) mostra a escala da Terra em relação ao Sol. A origem da explosão é o brilho branco-azulado. Esse é um evento X2.2 , bem grande.

O Artigo é muito interessante, e pode ser lidos por todos, basta ter interesse. Pois relata algo de pouco interesse público, que quase não vemos em jornais televisivos. Ao meu ponto de vista o artigo apresentou uma falta de aprofundamento, fazendo com que pessoas leigas no assunto tenham um maior entendimento.


Victor - 2º ano

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Resenha Crítica: Medicamentos Pediátricos mais seguros

A revista Scientific American publicou na edição de outubro de 2012 o artigo “Medicamentos Pediátricos mais seguros”, o qual foi escrito por vários autores cujos nomes não foram apresentados e também encontra disponível em http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/medicamentos_pediatricos_mais_seguros.html. Esse texto científico abordou a falta de segurança de muitos medicamentos pediátricos nos Estados Unidos e a maneira que esse fato sofreu mudanças devido uma lei.
Metade dos remédios receitados para pessoas menores de idade não passaram pelos exames necessários para a verificação dos efeitos colaterais e isso acaba colocando pacientes em situações de risco, podendo provocar, com o passar do tempo, complicações em suas saúdes. Além disso, a falta de medicação específica faz com que o médico muitas vezes apenas reduza a dose do medicamento, o que afeta o desenvolvimento de alguns órgãos do jovem e torna necessário uma maior dosagem da droga para que se tenha o efeito desejado. O descaso das indústrias farmacêuticas com os remédios destinados as crianças é por causa da inviabilidade comercial, já que a empresa tem grandes gastos com os estudos, dificuldade em encontrar voluntários e os consumidores desses produtos infantis corresponderem a uma parcela pequena dos usuários se comparado ao mercado dos itens destinados a adultos.
A lei “Safety and Innovation Act” da FDA (Food and Drug Administration) provocou uma mudança no mercado farmacêutico, solicitando e incentivando mais transparência de informações, pesquisas e desenvolvimento de remédios pediátricos. Mas, essa legislação apresentas falhas relacionadas à ausência de testes e documentação de inúmeros fármacos utilizados por crianças com câncer e também pela falta de conhecimento sobre os efeitos colaterais provocados pelos medicamentos pediátricos a  longo prazo.
A segurança dos medicamentos pediátricos é uma questão atual e de grande relevância, que já teve progressos com a legislação “Safety and Innovation Act”, entretanto, ainda existem falhas na lei e muitos remédios não são corretamente avaliados, por isso é necessário que esse tema continue sendo discutido para que novos avanços ocorram e as pessoas tenham acesso a um sistema de saúde com mais qualidade.
O gráfico mostra o faturamento em 2014 das maiores farmacêuticas do Brasil. Em 2015, a Anvisa interditou parte da fábrica da EMS devido a produção dos medicamentos não estarem sendo realizadas em condições adequadas.

domingo, 29 de maio de 2016

Resenha Crítica: Exposição à poluição do ar pode aumentar risco de doença cardíaca


Foi publicado em maio de 2016, na revista Scientific American e no site http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/exposicao_a_poluicao_do_ar_pode_aumentar_risco_de_doenca_cardiaca.html um artigo científico escrito pela Endocrine Society ( sociedade UK- BASE que representa uma comunidade global de cientistas, médicos e enfermeiros que atuam com hormônios) onde foi exposta a pesquisa feita pela organização referente aos riscos cardiovasculares a que são expostas pessoas que moram em áreas com alto índice de poluição. O texto é direcionado a um amplo público alvo por ser de fácil compreensão e bem descritivo, servindo como aviso para milhões de pessoas que vivem em áreas industriais e de grande movimento automotivo, onde os índices de poluição são muito altos.
Poluição na China
"Embora a poluição do ar esteja ligada às mudanças relativamente pequenas nos fatores de risco cardiometabólicos, uma exposição de caráter contínuo e o número de pessoas afetadas nos dão razões para preocupação, ” disse o autor sênior do estudo, Victor Novack. Distúrbios lipídicos e cardiovasculares são a principal causa de mortes nos Estados Unidos, de acordo com dados da sociedade médica Endocrine Society. Em 2011, o custo total das doenças cardiovasculares no país foi de US$ 320 bilhões, sendo os Estados Unidos o segundo maior poluente do mundo, perdendo apenas para a China.
Examinou-se os efeitos da exposição à poluição do ar em 73.117 adultos que vivem no sudeste de Israel, onde os níveis de partículas podem intensificar-se graças a sua localização no cinturão global de poeira e mais uma vez a tecnologia estava a favor da ciência, foram usadas informações de satélites sobre a incidência de luz solar sobre a superfície de Israel, para medir o quão era a quantidade de partículas que se encontravam no ar.
Os pesquisadores analisaram os resultados de mais de 600.000 amostras de sangue colhidas dos indivíduos estudados, e constataram que os indivíduos com maior exposição à níveis acima da média de partículas do ar nos três meses possuíam maiores riscos de adquirir doenças cardiovasculares que indivíduos expostos a menos poluição. Também se constatou que o alto índice de poluição tinha como consequência, o aumento da glicose no sangue, colesterol do tipo LDL e triglicérides. Também foram detectados menores níveis de HDL, o chamado colesterol “bom”.
Com as pesquisas experimentais realizadas com indivíduos expostos a ambientes, com altos índices de poluição durante sete dias, foram encontradas somente pequenas alterações nos exames sanguíneos, mas foi descoberto que as exposições cumulativas de três meses poderiam trazer riscos para doenças cardiovasculares, como diz a autora principal da pesquisa, Maayan Yitshak Sade, “Nós achamos uma associação entre exposição à poluição do ar por um período de duração média e mudanças não desejáveis no colesterol, Isso sugere que exposição cumulativa à poluição do ar ao longo de uma vida pode levar a riscos elevados para doença cardiovascular.”

Três meses podem parecer banais para um indivíduo que morou a vida toda em regiões próximas aos polos industriais da China, Estados Unidos, Brasil sendo exposto a poluição todos os dias e se tornando vítima de doenças até mesmo fatais, como câncer, problemas cardiovasculares ou problemas respiratórios. O artigo remete a uma pesquisa muito interessante e inovadora, que mexe com a curiosidade do leitor e os ajuda a criarem uma maior consciência de que a alta poluição traz enormes riscos à saúde, devendo ser tratada com máximo cuidado por todo mundo. Por ser um artigo científico e se encontrar em uma revista de grande renome, deveriam ter sido fornecidos maiores informações sobre como a poluição influencia no agravamento de doenças cardiovasculares, contendo informações mais especificas.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Resenha critica: Gênios também precisam de ajuda.

    O artigo “Gênios também precisam de ajuda” foi publicado na revista Scientific American Brasil, edição 166 em Março de 2016 por Nathan Myhrvold, cientista chefe da Microsoft. Esse artigo fala sobre a importância dos investimentos públicos em ciência básica para o desenvolvimento científico e tecnológico.
Capa revista Scientific American Brasil 
     Com a comemoração do centésimo aniversário da publicação da teoria da relatividade de Einstein, muitos cientistas pararam para refletir sobre esta extraordinária genialidade em comparação aos nossos avanços científicos atuais. Alguns escritores alegam que o governo tem inibido a evolução natural da ciência e da invenção, com gastos exagerados em ciência básica, aquela voltada para a aquisição de novos conhecimentos, e acreditam que o governo deveria deixar que empresas financiassem a pesquisa de que necessitam.
       Esses argumentos, porém,são completamente equivocados, se o governo deixasse ao setor privado o financiamento da pesquisa básica, a maior parte da ciência sofreria uma paralisação. Isso porque pesquisa pura rende prestigio e benefícios intelectuais e não lucros, como exemplo, o trabalho de bóson Higgs com a descoberta de um buraco negro no centro da Via Láctea. Mesmo nos campos da ciência aplicada, como dos materiais e ciências da computação, as empresas hoje entendem que pesquisas básicas são formas de caridade, e por isso tendem a não investir, priorizado portanto,  apenas invenções lucrativas como aparelhos eletrônicos.  
      Gênios como Einstein são poucos e raros. Mas não precisaríamos esperar por novos gênios se os países investissem mais e melhor em educação básica voltada para a pesquisa e estimulassem os pesquisadores a partilhar suas descobertas em troca de uma oportunidade de glória e riqueza.
       O artigo apresenta um tema interessante, porém houve uma falta de aprofundamento no assunto o que dificulta o entendimento, exigindo do leitor conhecimentos  prévios para melhor compreensão.  Contudo, é um assunto relevante pois  muitas pessoas se tivessem o adequado financiamento de suas pesquisas seriam capazes de realizar grandes descobertas como Einstein, promovendo a evolução do conhecimento, da pesquisa. 
Pesquisa Básica 

Resenha crítica: Votação pela web

O artigo "Votação pela web", foi publicado na revista Scientific American Brasil, em março de 2016, por David Pogue. Esse artigo é sobre as eleições pela internet que ainda não são usadas nos EUA, mas que já são usadas na Estônia.  
Esse artigo questiona o porque das eleições não terem acompanhado o avanço da tecnologia, pois com tantos meios mais fáceis possibilitados pela internet, porque ainda não podemos votar pela internet? Nós nem precisaríamos sair de casa, isso estimularia mais pessoas a votarem, os resultados seriam obtidos de forma mais rápida, além de facilitar o processo pra eleitores do exterior, para idosos e deficientes. No entanto para quem não tivesse acesso a tecnologia, seriam oferecidas eleições presenciais.
 De acordo com David Pogue na Estônia já ocorrem votações pela internet desde 2006 e está livre de fraudes, de hackers e sem problemas. Então, fica o questionamento do porque os EUA não usam esse método.
Logo pensamos na segurança, de acordo com Aviel D. Rubin, diretor técnico do instituto de Segurança  da Informação da Universidade Johns Hopkins e autor do livro Brave new ballot, de 2006, não se da para controlar a segurança da plataforma, ou seja, a chance de hackers invadirem o sistema e alterarem os  votos é muito grande. Outra dificuldade seria rastrear os votos, já que são anônimos, por isso na Estônia foi desenvolvido um sistema inteligente , onde você vota on-line com um cartão de identificação com um chip e um código PIN em uma leitora em seu PC. E você também pode mudar seu voto on-line quantas vezes quiser e votar de novo presencialmente se quiser, já que só o último voto é contado, para não ter o risco de  alguém forçar sua escolha.
Então por alguns motivos como o cartão de identidade nacional, que não temos, o número de eleitores, já que a Estônia possui apenas cerca de um milhão de eleitores e não 220 milhões como os EUA, e a falta de segurança, esse processo ainda não é o mais viável, no entanto nos EUA alguns eleitores podem votar pela internet, os ausentes do Alasca, e vários dos que estão nas forças armadas.
Esse artigo é muito interessante para compreendermos do porque das eleições ainda serem somente presenciais, e ainda não utilizarem a tecnologia que usamos até mesmo para fazermos ações operacionais nos bancos, lojas on-line e mercado de ações que operam livremente.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Resenha crítica: Um mergulho-recorde no passado do Universo

Nogueira, Salvador. Um mergulho-recorde no passado do Universo. Revista Scientific American Brasil. Abril de 2016, pág. 24. 
Astrônomo Edwin Hubble
“Um mergulho-recorde no passado do Universo” é o artigo científico publicado recentemente na revista Scientific American Brasil, pelo jornalista de ciência especializada em astronomia e astronáutica, Salvador Nogueira, na edição de Abril de 2016 e fala da importância do legado deixado pelo astrônomo Edwin Hubble, que foi homenageado com o seu nome ao primeiro telescópio espacial posto em órbita em 1990 para estudar o espaço.
O artigo de Nogueira demonstra como as descobertas de Hubble revolucionaram o conhecimento sobre os cosmos, já que descobriu que muitas das manchas conhecidas como nebulosas eram na verdade galáxias, como a própria Via Láctea, e apresentavam distâncias superiores estimadas pelos cientistas. Além disso, em 1929, Hubble demonstrou que quanto maior a longinquidade que as galáxias se encontravam, mais rápida aumentava-se a distância entre elas, chegando à conclusão de que o universo está se expandindo.
Pesquisadores liderados por Pascal Oesch, da Universidade Yale, nos EUA, anunciaram em março que o recorde de distância na observação de uma galáxia foi novamente quebrado, em virtude das observações do Telescópio Espacial Hubble, realizando a maior profundidade no tempo já registrada na astronomia óptica. A nova descoberta foi publicada no Astrophysical Journal, e mostra o tempo que a luz da galáxia demorou a chegar até nós: 13,4 bilhões de anos, tendo o seu lugar de origem quando o universo apresentava 400 milhões de anos.
Hubble superou todos os limites estipulados pelos cientistas, já que não se esperava que esse Telescópio Espacial conseguisse alcançar distâncias em tamanha extensão, acreditando-se que só conseguiriam atingir essas metas através do Telescópio Espacial James Webb, que será lançado pela NASA em 2018 e será capaz de observar galáxias em grandes distâncias, permitindo que os astrônomos consigam criar uma visão mais clara sobre como era o Universo quando era apenas um breu.
Uma galáxia recém-observada por Hubble, denominada de GN-z11, revelou o nascimento das primeiras estrelas e galáxias do Cosmo. O telescópio conseguiu enxerga-la devido às estrelas estarem se reproduzindo em um ritmo vinte vezes maior do que a Via Láctea hoje, sendo o seu brilho enriquecido desses novos astros que permitiram a detecção.
Cada novidade descoberta por Hubble expande novos horizontes cósmicos para a revelação de mistérios ainda não desvendados pelo ser humano, possibilitando uma ampliação de nossas concepções sobre o universo. Novas informações sobre as galáxias, constelações e lugares desconhecidos pela humanidade são cada vez mais registradas com imagens precisas, mostrando porque é o mais importante de todos os telescópios construído no mundo. 

Telescópio Hubble em órbita. 

Danielle Cunha

 

Foi publicado em março de 2016, na revista Scientific American e no site http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/ondas_gravitacionais_primordiais_permitem_testar_as_teorias_cosmologicas.html um artigo científico escrito por Salvador Nogueira, que retrata a detecção de ondas gravitacionais promovidas pela fusão de dois buracos negros há mais de 1 bilhão de anos atrás. O texto, para uma melhor compreensão, exige do leitor um conhecimento mais amplo já que aborda questões sobre o ramo da astrofísica.
Há muito tempo atrás dois buracos negros, um com 29 e o outro com 36 massas solares, que orbitavam entre si, se fundiram e se tornaram um só. Devido seu gigantesco campo gravitacional, ocorreu um evento devastador e os objetos próximos a eles obtiveram uma aceleração 60% da velocidade da luz. Com a fusão desses buracos negros foi liberada por alguns segundos uma energia equivalente à de todas as estrelas do Universo juntas.
Representação de dois
 buracos negros obitando entre si
A colisão desses corpos colossais antigamente, promoveu violentas ondas no espaço-tempo que se propagaram a todas as direções, atingindo a terra no dia 14 de setembro de 2015. Essas ondas só chegaram a terra depois de milhões de anos devido ao fato de viajarem na velocidade da luz e corpos que viajam nessa velocidade distorcem o espaço-tempo, fazendo com que o tempo aqui na Terra passe muito rápido em relação a esses corpos.
As ondas chegaram até instalações em Washington e Louisiana nos EUA, onde puderam ser captadas por detectores. Somente em 11 de fevereiro de 2016 foram comprovadas que eram realmente ondas gravitacionais e foi a primeira observação de colisões entre buracos negros.
Foi um sinal de enorme relevância para a comprovação de muitas teorias físicas como a famosa Teoria da Relatividade, desenvolvida por Einstein e, certamente, ele ficaria muito alegre e surpreso em ver isso se estivesse vivo hoje. É um novo campo de estudos que se abre na astrofísica que nos permite escutar o que o nosso universo nos tem a dizer e a elaborar novas teorias que futuramente serão comprovadas e com isso possamos entender cada vez mais onde realmente estamos e para onde devemos ir.
O artigo, como podemos observar, remete um tema muito interessante porém difícil de ser compreendido somente com as informações contidas nele, fazendo com que o leitor tenha que buscar outras fontes para compreender informações trazidas pelo autor. Entretanto, podemos afirmar que é um texto que mexe com a curiosidade do leitor fazendo com que ele reflita sobre o território infinito em que vivemos.


Resenha Crítica: Artigo Lua cheia camufla sutis chuvas de meteoros

O artigo "Lua cheia camufla sutis chuvas de meteoros" foi publicado na revista Scientific American Brasil, edição 168 em maio de 2016 por Rodrigo Guilherme Carvalho Melo. Esse artigo fala sobre a recente chuva de meteoros que ocorreu mês passado, detalhando informações como o momento em que aconteceu, quais foram as chuvas, a fase da lua durante a semana e a qual radiante pertencem essas chuvas, como por exemplo a boreal de Lira.
Nos dias 22, 23 e 24 de abril, ocorreu o pico das chuvas de meteoros Lirídeos e Pi-Pupídeos, sendo possível a observação por largas faixas do globo terrestre, porém os observadores tiveram um grande obstáculo, a luz da Lua cheia, que dificultou a visão do céu. Os meteoros Lirídeos tem seu radiante na constelação boreal de Lira, e durante as chuvas há em média de 20 à 30 meteoros por hora, nas melhores condições de observação.
As estrelas cadentes são o resultado do encontro da Terra com a órbita do cometa C/1861 G1 (Thatcher), esse fenômeno é observado há mais de 2600 anos . Já os Pi-Pupídeos que tem seu radial da constelação austral de Popa, surgiram de detritos do cometa 26P/Grigg-Skjellerup, mas aparecem menos do que os da Liríades.
O assunto tratado no artigo, é de relevância para os amantes da astronomia ou simplesmente para aqueles que gostam de apreciar belos fenômenos da natureza, para que as pessoas possam ter a oportunidade de compreender na prática o que são as chamadas "estrelas cadentes".

Constelação de Lira. Chuva de meteoros seriam vistas próximas a estrela Vega

Amanda de Andrade Sant'Anna

Resenha Crítica: Um Bloqueio aos Ataques do HIV


                Publicado no site da Scientific American Brasil o artigo Um Bloqueio aos Ataques do HIV escrito por Carl June e Bruce Levine aborda um tratamento de transplante de medula óssea que erradicou o HIV de um paciente com a doença e auxiliou a busca pela cura do HIV. O artigo está disponível em http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/um_bloqueio_aos_ataques_do_hiv.html.
                O tratamento de transplante de medula óssea foi feita em um paciente (Timothy Ray Brown, Califórnia) com leucemia e portador do vírus HIV. A medula óssea foi retirada por médicos de Berlim de um doador anônimo que era naturalmente resistente ao HIV devido sua herança genética. O tratamento não foi feito de propósito, pois os médicos esperavam que a terapia pudesse curar a leucemia e fornecer células resistentes ao HIV para controlar a infecção, mas o tratamento superou as expectativas ao eliminar todas as evidências do vírus no organismo do paciente. Infelizmente, a terapia não pode ser aplicada por ser um procedimento muito arriscado, mas seus resultados incentivaram pesquisadores a buscar outras formas de tornar o organismo imune ao HIV.
                Com a descoberta dos médicos de Berlim, novas pesquisas foram feitas nas células CD4+ (células T auxiliares), que revelam que quando o HIV penetra nessa célula, ela é ativada para combater a infecção, mas acaba produzindo mais cópias do HIV, que mata essas células e reduz a imunidade do infectado. A partir disso, especialistas começaram a fortalecer as células T, retirando-as de um paciente e promovendo sua multiplicação e agressividade, para devolvê-las ao paciente. Fazendo isso com amostras de sangue pacientes portadores de HIV, os pesquisadores descobriram que as células T impediam de forma temporária os avanços do vírus.
                Alguns anos depois, vários laboratórios relataram que uma proteína conhecida como CCR5, encontrada na superfície da célula T facilitava a entrada do HIV, mas as pessoas que não possuíam essa proteína naturalmente não eram infectadas. A falta dessa proteína é causada pelo encurtamento da CCR5, que é considerado um defeito raro que gera o gene CCR-Delta32, que torna o individuo altamente imune ao HIV quando ele possui duas cópias do gene, encontradas no doador anônimo de medula óssea.
                A empresa Sangamo, com a descoberta do CCR5, desenvolveu uma tecnologia capaz de seccionar fitas de genes de DNA específicas a partir da proteína dedos-de-zinco, e então começaram as tentativas de reproduzi-la artificialmente. No caso do gene CCR5, essa proteína identificaria a seção a ser seccionada e uma outra proteína, chamada nucleasse, recortaria o material genético sem afetar outros genes, fazendo com que o gene não conseguisse criar uma cópia da proteína CCR5, reproduzindo a mutação genética que ocorria naturalmente com o CCR-Delta32. Com isso, foi descoberto que o HIV poderia tornar o sistema mais resistente ao HIV, pois as células T, com o gene CCR5 modificado, iriam repor as que não eram modificadas e por isso foram destruídas pelo vírus, fazendo com que a quantidade de células resistentes ao HIV aumentasse. Afirmando, no final do artigo, que as pesquisas são o mais próximo que já estiveram de encontrar a cura para o HIV.
                Diante do exposto no artigo, sua relevância está no fato de o HIV ser uma doença sexualmente transmissível que a muito tempo mata pessoas no mundo todo, mesmo com o tratamento com coquetéis de remédios que devem ser tomados todos os dias, as novas descobertas trazem esperança de que um dia essa doença terá uma cura, mas não sabemos se será acessível para todos ou para apenas uma parcela privilegiada da população. 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Desperdício, mau hábito do rico. Fome, a realidade do pobre.

A fome é um problema que assombra grande parte dos habitantes do planeta. Atualmente, 842 milhões de pessoas ainda passam fome em todo o mundo. Produzimos uma quantidade quatro vezes maior que a necessária para alimentar toda população do planeta. Mas afinal porque ainda existe fome no mundo? Ao contrário do que muitos pensam não basta apenas aumentar a produção de alimentos, ampliando a área plantada ou aumentando as safras, devem ser tomadas atitudes relacionadas também com o controle dos desperdícios e a chegada desses alimentos a mesa do consumidor.
Alimento de um supermercado sendo descartado
Por um bom tempo, acreditava-se que o crescimento da população provocaria uma crise de fome no planeta, ideia sustentada pela teoria de Thomas Malthus afirmando que a produção de alimentos não conseguiria suprir a demanda da população. Atualmente sabemos que essa teoria é errônea, a produção de alimentos está acompanhando o crescimento populacional, porém um terço de toda essa produção alimentícia do mundo é jogada fora e outra grande parcela não chega na mesa de quem realmente necessita.
A situação do desperdício está completamente descontrolada, tendo em vista que países ricos desperdiçam quase a mesma quantidade de comida produzida em toda a África subsaariana. Temos ao mesmo tempo, muita comida indo para o lixo, e muitas pessoas passando fome, comprovando que é preciso fazer algo urgentemente. Devemos destacar também que a cada um minuto, cinco crianças no mundo morrem de desnutrição, e esses dados servem para refletirmos ainda mais.
Seja no transporte, no manuseio, no abastecimento, no armazenamento inadequado, ou nos simples desperdícios das pessoas, precisamos mudar em nome de tantas pessoas que passam fome diariamente, e morrem por causa da desnutrição. É extremamente necessário que o governo de cada país promova campanhas difundindo a ideia  que para acabar com a fome devemos acabar ou reduzir muito o desperdício em nossa mesa. Cada um faz a sua parte e o grande resultado se constrói.


Menino aficano recebendo um prato de comida







Farmília rica almoçando sobre a mesa.














Referências: