Foi publicado em maio de 2016, na
revista Scientific American e no site http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/exposicao_a_poluicao_do_ar_pode_aumentar_risco_de_doenca_cardiaca.html
um artigo científico escrito pela Endocrine Society ( sociedade UK- BASE que
representa uma comunidade global de cientistas, médicos e enfermeiros que atuam
com hormônios) onde foi exposta a pesquisa feita pela organização referente aos
riscos cardiovasculares a que são expostas pessoas que moram em áreas com alto
índice de poluição. O texto é direcionado a um amplo público alvo por ser de
fácil compreensão e bem descritivo, servindo como aviso para milhões de pessoas
que vivem em áreas industriais e de grande movimento automotivo, onde os
índices de poluição são muito altos.
Poluição na China |
"Embora a poluição do ar
esteja ligada às mudanças relativamente pequenas nos fatores de risco
cardiometabólicos, uma exposição de caráter contínuo e o número de pessoas
afetadas nos dão razões para preocupação, ” disse o autor sênior do estudo,
Victor Novack. Distúrbios lipídicos e cardiovasculares são a principal causa de
mortes nos Estados Unidos, de acordo com dados da sociedade médica Endocrine
Society. Em 2011, o custo total das doenças cardiovasculares no país foi de US$
320 bilhões, sendo os Estados Unidos o segundo maior poluente do mundo,
perdendo apenas para a China.
Examinou-se os efeitos da
exposição à poluição do ar em 73.117 adultos que vivem no sudeste de Israel,
onde os níveis de partículas podem intensificar-se graças a sua localização no
cinturão global de poeira e mais uma vez a tecnologia estava a favor da ciência,
foram usadas informações de satélites sobre a incidência de luz solar sobre a
superfície de Israel, para medir o quão era a quantidade de partículas que se
encontravam no ar.
Os pesquisadores analisaram os
resultados de mais de 600.000 amostras de sangue colhidas dos indivíduos
estudados, e constataram que os indivíduos com maior exposição à níveis acima
da média de partículas do ar nos três meses possuíam maiores riscos de adquirir
doenças cardiovasculares que indivíduos expostos a menos poluição. Também se
constatou que o alto índice de poluição tinha como consequência, o aumento da
glicose no sangue, colesterol do tipo LDL e triglicérides. Também foram
detectados menores níveis de HDL, o chamado colesterol “bom”.
Com as pesquisas experimentais
realizadas com indivíduos expostos a ambientes, com altos índices de poluição
durante sete dias, foram encontradas somente pequenas alterações nos exames
sanguíneos, mas foi descoberto que as exposições cumulativas de três meses
poderiam trazer riscos para doenças cardiovasculares, como diz a autora
principal da pesquisa, Maayan Yitshak Sade, “Nós achamos uma associação entre
exposição à poluição do ar por um período de duração média e mudanças não
desejáveis no colesterol, Isso sugere que exposição cumulativa à poluição do ar
ao longo de uma vida pode levar a riscos elevados para doença cardiovascular.”
Três meses podem parecer banais
para um indivíduo que morou a vida toda em regiões próximas aos polos
industriais da China, Estados Unidos, Brasil sendo exposto a poluição todos os
dias e se tornando vítima de doenças até mesmo fatais, como câncer, problemas
cardiovasculares ou problemas respiratórios. O artigo remete a uma pesquisa
muito interessante e inovadora, que mexe com a curiosidade do leitor e os ajuda
a criarem uma maior consciência de que a alta poluição traz enormes riscos à
saúde, devendo ser tratada com máximo cuidado por todo mundo. Por ser um artigo
científico e se encontrar em uma revista de grande renome, deveriam ter sido fornecidos
maiores informações sobre como a poluição influencia no agravamento de doenças
cardiovasculares, contendo informações mais especificas.