O
transumanismo consiste em uma filosofia que acredita no poder da biotecnologia para
melhorar as condições humanas, como a possibilidade de superar o envelhecimento.
E é o que está acontecendo: na Idade Média, um camponês europeu vivia em média,
30 anos; atualmente, a média da expectativa de vida gira em torno dos 80 anos.
Entretanto,
sustentar a imensa população idosa (principalmente nos países desenvolvidos) sobrecarrega
a população jovem que também está em declínio (daí, surgem as campanhas
governamentais para influenciar o aumento da taxa de natalidade, e,
consequentemente, o aumento da população mundial).
Além
das questões sociais, há as desavenças éticas por trás do próprio transumanismo.
A todo momento, testes para novos tratamentos contra doenças são realizados em
animais (o que já é motivo de contestação), mas para dar um passo final, é preciso
realizar experimentos com humanos (na maior parte dos casos, os voluntários
humanos são pessoas com doenças incuráveis, sem expectativa de sobreviver por
muito tempo). O maior problema surge aí: segundo o transumanista Aubrey De
Grey, os testes devem ser realizados em idosos saudáveis.
É
muito difícil dizer como cada pessoa reagiria a essa situação: arriscar sua
vida saudável para, talvez, conseguir viver mais alguns anos. Retorna, então, a
ética, e o medo de que haja voluntários por questões financeiras. Para ser mais
clara, há idosos milionários que poderiam convencer
alguma pessoa muito pobre a se arriscar a testar o tratamento em troca de
deixar muito dinheiro para sua família, caso ele falhasse.
Fica a dúvida de se realmente seria bom viver muito tempo,
seja para o próprio planeta (que já sente dificuldade em suportar sete bilhões
de pessoas), ou ainda para nós mesmos. “De que nos adiantaria viver 140 anos,
se nos últimos 20 não pudermos sair de uma cama? Ou se todos os dias desses
últimos 20 anos tiverem a aparência de um domingo de tarde?”
Leia a matéria da Revista Filosofia sobre o assunto aqui.
Para entender mais sobre o transumanismo e suas desavenças
éticas, leia aqui.
Outra sugestão é o livro Diário da Guerra do Porco ,
uma obra de ficção do argentino Adolfo Bioy, que mostra uma guerra de
extermínio aos idosos, considerados “lentos, inúteis e
prejudiciais à sociedade”.
Gostei muito do texto, Alícia. Principalmente na parte em que você relacionou o problema tratado com assuntos filosóficos, como ética,e, também da pergunta deixada ao leitor no fim do texto, afim de fazer o leitor pensar se realmente irá querer viver tanto. Outro fator que achei bem interessante foram os links, mas acho que deviam ser colocados mais adentro do texto, como em " Para entender mais sobre o transumanismo e suas desavenças éticas, leia aqui.", para que o leitor tenha um maior conhecimento sobre o assunto tratado e não se sinta perdido durante a leitura do texto(não que eu tenha ficado). Gostei também da sugestão da leitura do livro. Enfim, um texto muito bom, com explicações claras e bem organizadas.
ResponderExcluirGostei do texto, achei bacana ter falado sobre a música do Alphaville(que é uma música que eu gosto e abri o link pra ouvir mais uma vez. A introdução passou claramente o que ia ser tratado durante o texto, e o desenvolvimento ficou muito bom também, com uso de termos filosóficos, que foi uma boa jogada, pelo fato de você ter pegado uma matéria de uma revista de filosofia. E por fim, a conclusão ficou ótima, deixando uma pergunta para o leitor, que exige que este filosofe sobre a questão, parabéns pelo texto!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFicou realmente muito bom seu texto, Alícia! Foi um tema bem legal escolhido, e colocou em pauta uma música que gosto muito e não me canso de ouvir e acompanhar a letra. Os links são bem interessantes e a sugestão do livro foi bem legal, mas acho que isso poderia ter sido colocado no meio do texto, procurando relacionar ao assunto tratado. Tirando isso, eu realmente gostei do texto, a imagem foi bem escolhida e bem colocada. Continue assim, parabéns!
ResponderExcluirO tema escolhido é muito interessante, desperta certamente a curiosidade da grande maioria e gostei muito do texto, ficou realmente bom, do inicio ao fim. Sua introdução foi bastante elaborada, já tratando fortemente o assunto, no meio o texto teve vários acréscimos de informações e a conclusão ficou bastante legal com a pergunta feita aos leitores. Só acho que os link's deveriam ser mais distribuídos dentro do texto e não apenas no final, por fim seu texto ficou ótimo. Parabéns !
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