segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O Novo Feminismo

Priscila Matos 

O feminismo é definido como um movimento social e político cujo principal intuito é a busca por direitos equânimes e uma vivência humana sem opressões para as mulheres. Estas procuram garantir a participação feminina na sociedade de forma igualitária à dos homens, sem diferenciação de gêneros. Esse movimento se fortificou em razão da Revolução Industrial, quando a mulher, até então vista somente como dona de casa, assume uma tripla jornada de trabalho, dentro e fora do lar.
            Através desses movimentos as mulheres objetivam cessar com o discernimento dos gêneros, buscando não somente a equalização das condições de trabalho entre homens e mulheres, mas também modificar a concepção adotada pela sociedade de que a mulher seja mais “fragilizada” que o homem. Desde os tempos remotos, como na antiguidade, pode-se notar a submissão das mulheres ao homem, sendo vistas primordialmente como meio de reprodução e satisfação de seus maridos. E mesmo ao decorrer dos anos as mulheres encontraram dificuldades na sociedade perante à política e economia. E graças às suas lutas hoje podem ser o que quiserem e andarem por onde quiserem.

A primeira onda do feminismo ocorreu no século XIX e início do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, e buscava igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas por seus maridos. No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar principalmente na conquista de poder político, em especial o direito ao sufrágio por parte das mulheres. Ainda assim, feministas já faziam campanhas pelos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos.
            Atualmente, o novo feminismo ganha diversas formas e objeções, reivindicado na pele de jovens ativistas que usam o corpo para se expressar. Essas mulheres retêm a liberdade e diversidade, se juntando para defender os direitos da minoria com muita ousadia e atrevimento. Na marcha das Vadias, é comum as mulheres saírem com os seios amostra, idealizando o fato de que não devem ser julgadas e muito menos violentadas por se vestirem como quiserem. A forma de protestar tem conferido às mulheres audácia e tirado a relação conservadorismo e feminismo. As jovens que participam da marcha das Vadias trazem ao movimento cor e brilho, brincando com os corpos enquanto lutam por um propósito maior. Mesmo com novos objetivos, as feministas não deixaram os propósitos primordiais: violência doméstica e abuso sexual, assim como liberdade sexual e reprodutiva.
Por meio de movimentos como o feminismo as mulheres alcançaram inúmeros direitos que deveriam ser inatos a todo ser humano e através dele devem continuar na busca de um mundo igualitário para homens e mulheres. Há muitas críticas ao novo modo de protestar das mulheres, tanto boas quanto ruins, porém, acredito que estejam certas de ousarem e mudarem o modo “certinho” de protesto, chamando assim a devida atenção e despertando a juventude do séc XXI.

Referências bibliográficas: 
InfoEscola - Feminismo
ISTOÉ - O Novo Feminismo



6 comentários:

  1. Por um lado, muitos dos princípios e objetivos da maioria das feministas são realmente admiráveis. A final, talvez as mulheres dos dias atuais não tivessem nem metade dos direitos e liberdade que possuem, não fossem os protestos e a rebeldia. E eu acho a ideia de que a causa dos estupros consiste em, basicamente, o modo como as mulheres se vestem, completamente descabida, por exemplo. Porém, discordo da autora do texto quando esta afirma achar que o modo como as feministas têm protestado em marchas, caracterizado como ousado, seja uma forma correta para buscar por seus ideais. Não vejo necessidade de pôr à mostra os seios (o que de fato atrai muita atenção, mas com certeza há outras formas 'menos vulgares' de se fazê-lo). E, além disso, há relatos de mulheres que utilizaram figuras cristãs como objeto para masturbação em locais públicos como método de “protesto”. Desnecessário, não?

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  2. Desde a pré-história os homens e mulheres foram divididos em determinadas funções para que a convivência entre as sociedades funcionasse bem, valorizando as qualidades de cada sexo e generalizando-as. Ainda há quem considere os homens os principais responsáveis pela sobrevivência da família,são os chefes da casa que tem o dever de trabalhar fora para arcar com os custos para que seus filhos e esposa tenham boas condições de moradia, saúde, alimentação e educação enquanto as mulheres, o sexo frágil, cuidam da casa e educam os filhos.
    A vontade de lutar pelos direitos sempre existiu nas mulheres, que não o faziam por medo da maioria machista que as julgaria e limitaria qualquer manifestação que se opusesse ao pensamento preconceituoso que durou por vários séculos. Por mais que muitos pensem, o feminismo e o machismo não são opostos, enquanto o primeiro é uma busca pela igualdade, o segundo é o sentimento de superioridade dos homens sobre as mulheres. Desde que a busca feminina pelos direitos que merecem se iniciou, as mulheres adquiriram muito espaço na sociedade, mas ainda não tanto quanto deveriam ter.
    Nosso código de leis determina que todos devem ser tratados de maneira igual e mesmo assim uma característica banal, como o sexo, modifica a maneira das pessoas se comportarem perante as mulheres. A busca pela igualdade não pode parar, o feminismo vem ganhando espaço na sociedade e tornando possível essa conquista, cada vez mais mulheres ingressam no mercado de trabalho com funções consideradas masculinas, como bombeiras e policiais e isso é motivo para se orgulhar. Com certeza não somos o sexo frágil, muitas mulheres passaram por muito mais que qualquer homem para que as mulheres do presente pudessem viver livremente como vivem hoje e é isso que mostra que não é o sexo que determina, força, fragilidade ou competência.

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  3. Quando se estuda idade antiga, é possível perceber o preconceito em relação as mulheres, que a principio só ‘’serviam’’ para gerar filhos e cuidar da casa. Esse conceito foi usado por muitos anos, até hoje em dia tem-se pessoas ignorantes que afirmam isso. Esses protestos feministas são exagerados, mas talvez, se não tivessem sido protestos tão apelativos as mudanças de pensamento não teriam ocorrido. Ao observar a critica acima, não acho que os casos de estupros ocorram devido ao modo de as mulheres se vestirem ‘’vulgarmente’’, em alguns casos isso pode ate ter a ver, aliás, estupro é sexo contra a vontade. Que relação teria isso com o modo que as pessoas se vestem, se elas usam roupas curtas querem ser estupradas? Voltando ao texto, apesar de que as mulheres estejam ganhando muito espaço na sociedade, ainda é possível observar certos preconceitos, como homens que as vêem apenas como dona de casa e ser reprodutor, empresas que não confiem tanto em sua competência. Concordo plenamente com a autora, se homens podem sair sem camisa na rua, que mal tem as mulheres ousarem e saírem também para protestar? Elas serão mal vistas pela sociedade? Nada disso, lugar de mulher não é na cozinha nem lavando roupa, é estudando, trabalhando e sendo uma excelente profissional.

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  4. O século vinte foi palco de conquistas significativas para as mulheres.Muitas barreiras continuam a impedir a plena realização das mulheres no espaço público, incluindo do mercado de trabalho até o campo da política, espaço ainda visto como de competência masculina.A luta dos movimentos feministas não se esgota nas condições de trabalho entre homens e mulheres. Trata-se de modificar a concepção, naturalizada, de que a mulher é mais “frágil” que o homem.Acho que as mulheres devem sim lutar por seus direitos,para que acabe de uma ve por todos com esse preconceito rídiculo que ainda existe.
    Tífany

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  5. Desde sempre, protestos com intuito de reivindicar a atuação igualitária entre os sexos na sociedade, têm causado avanços e conquistas das quais almejavam. Demonstrando o quão importante essa atuação rebelde tem sido, principalmente para as mulheres, que alcançam cada vez mais seu encaixe na sociedade. Todavia, o aparecimento de atitudes de cunho vulgar, durante protestos, sofre aversão por muitas pessoas. Afinal, atitudes adotadas pelo grupo "Marcha das Vadias", como o nudismo, contradiz o idealismo conservador. Além do mais, esse movimento protesta de forma arrogante, uma vez que, exige seus direitos passando por cima da cultura dos demais, desrespeitando a crença alheia. Admiro quem reivindica seus direitos, quem luta pelo que acredita, porém, não admito que os valores e o respeito diante as diferenças de pensar sejam esquecidos.

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  6. As mulheres sempre foram colocadas como inferiores aos homens, e isso vem desde as primeiras civilizações. As tarefas colocadas para as mulheres estavam sempre relacionadas ao lar (cuidar da casa, dos filhos e do marido), e quando isso começou a mudar e as mulheres foram inseridas definitivamente no mercado de trabalho as desigualdades continuam, já que os salários são, em sua maioria, inferiores aos dos homens mesmo desempenhado as mesmas funções, além de ter que vencer, muitas vezes, o preconceito. E, o movimento feminista vem mostrando mais o espaço da mulher na sociedade, as lutas por direitos iguais, além do direito de escolha. Apesar de achar que o "novo feminismo” em suas marchas exagera em alguns aspectos, sou sim a favor!
    Gabriela

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