Os muras eram uma tribo indígena nômade que habitavam todo território que compreende as bacias hidrográficas dos rios Amazonas, Madeira e Solimões.
Eram conhecidos por não manterem relações com brancos, por lutarem contra qualquer tentativa de invasão dos seus territórios, por morarem em canoas durante o inverno e palhoças durante o verão e atacarem as embarcações comerciais que usavam o rio Madeira.
Durante todo o século XVIII, os comerciantes portugueses tinham muito interesse no local que eles habitavam porque era através do rio madeira que chegavam até Vila Bela, antiga cidade de Mato Grosso. Porém, a aldeia Mura não permitia a ultrapassagem do rio, levando os negociantes a enormes prejuízos atacando, sobretudo, os barcos que transportavam especiarias.
A ação foi difícil para os invasores, por serem nômades, os Muras logo usaram o conhecimento que tinham da região, em estratégias de guerrilhas, ficando em pontos na passagem do rio e surpreendendo as embarcações. Apesar de serem donos de muitas técnicas de emboscada, os portugueses possuíam armamentos de aço ainda não conhecido pelos indígenas.
O confronto durou décadas, após mais de cem anos de guerra, os colonizadores dizimaram quase toda a aldeia Mura, contudo a tribo lutou ate o fim, conhecido hoje como um povo que resistiu até a morte.
Guerras dos Manaus.
O Manaus foi uma tribo indígena que habitavam a região entre a atual cidade de Manaus e Manacapuru. Eram considerados orgulhosos pelos portugueses, pois negavam-se a serem dominados para servirem de Mão de obra escrava. Liderados por Ajuricaba, os Manaus iniciara uma guerra contra a colonização dos portugueses.
A partir do século XVI vieram pessoas de todas as partes do país explorar as terras do rio Negro, à medida que os exploradores avançavam as tribos foram sendo descobertas e, com isto, os índios foram obrigados a se mudar da região ou ir para o cativeiro.
Guerra Guaranítica
A guerra iniciou após a assinatura do Tratado de Madri, no dia 13 de janeiro de 1750, este tratado demarcava os limites das colônias pertencentes à Espanha e Portugal. Como aldeia dos Sete Povos ficava localizada bem no perímetro da fronteira, os guaranis receberam um pedido para abandonarem suas terras e seguirem para o outro lado do rio Uruguai. Porém, os guaranis recusavam-se a deixar suas terras no território do Rio Grande do Sul e se transferir para o outro lado do rio Uruguai.
No inicio de 1753, os índios guaranis começam a impedir os trabalhos de demarcação da fronteira e anunciam a decisão de não sair dos sete povos. Em retorno, as autoridades enviam tropas contra os nativos e a guerra surge ou começa? em 1754.
Durante dois anos travou-se uma sangrenta luta e somente em maio de 1756 na cidade de Caiboaté chega ao fim à oposição guarani, com um saldo de mais de 1.500 indígenas mortos.
(Essa é a revolta retratada no filme “A missão”, vale a pena fazer um box sobre o enredo desse filme com a imagem da sua capa)
Revolta de Mandu ladino
A pecuária e o plantio de cana de açúcar desempenharam um papel importante na economia colonial, porém havia uma forte dominação dos índios nas terras de Campo Maior, fato que atrapalhava o projeto português de extensão de suas fazendas. Assim em 1710 os portugueses invadiram os férteis terrenos marginais do rio Parnaíba, no Piauí, provocando a expulsão das nações indígenas.
O movimento iniciou-se pelo assassinato do fazendeiro Antônio da Cunha Souto, pelos indígenas, revoltados com a crueldade dos portugueses. A partir daí, o movimento contra os fazendeiros, liderado por Mandu Ladino, ganhou fôlego, estendendo-se pelo sertão do Maranhão, do Piauí e alcançando o Ceará. Muitos portugueses morreram e muitas fazendas foram arrasadas nessas regiões.
A guerra durou até 1716, quando os fazendeiros portugueses organizaram uma grande expedição contra os revoltosos. Desse modo, partiu do Maranhão uma expedição chefiada por Francisco Cavalcante de Albuquerque à qual se uniu o Mestre-de-Campo da capitania do Piauí, Bernardo de Carvalho Aguiar. O conflito durou vários dias, muitos índios foram mortos pelos portugueses que estavam fortemente armados, e só chegou ao fim quando o líder do movimento Mandu ladino foi morto nas águas do rio Parnaíba.
Referências bibliográficas:
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Hoomaert, Benedito. A Revolta liderada por Mandu Latino. Disponível em:< http://www.geocities.ws/terrabrasileira/contatos/mandu.html>.Acesso em: 27 novembro. 2015.
Gostei muito do texto. De quem é a autoria ?
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