Guerra dos Aimorés
Durante séculos do Brasil colonial, a escravidão foi incessante no país, entre elas a escravização indígena. Ao chegarem no Brasil, os colonizadores portugueses estavam visando os lucros que eles poderiam adquirir em meio essas grandes e ricas terras, portanto, eles escravizaram os nativos, para conseguirem mão de obra.
No século XVII, essa atividade foi muito utilizada, principalmente em lavouras e engenhos, além disso, a ausência e o elevado valor dos escravos africanos fizeram com que os colonos preferissem os índios. Existiu até um mercado de negócios com escravos indígenas, em que comerciantes organizavam buscas para a captura de índios para lucrar com a venda destes escravos. Porém, não foi simples, muitas tribos ao se verem ameaçadas pelos colonizadores em relação a escravidão, entraram em confrontos com estes.
Entre os anos de 1555 e 1673 ocorreu a Guerra dos Aimorés entre os atuais territórios da Bahia e Espírito Santo, essa etnia indígena brasileira possuía índios altos, fortes e robustos, tinham pele clara, por andarem em meio a selva, onde a mata era fechada. E quando eram capturados pelos colonizadores para se tornarem escravos, não se alimentavam, fazendo com que ficassem fracos, e morressem rapidamente, devido o trabalho pesado imposto. Habitavam o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo, ao contrário da maioria das tribos indígenas que habitavam o litoral no século XVI, não falavam a língua tupi.
Tal Guerra foi resultado de conflitos iniciais entre os ameríndios e colonizadores, que tentavam escravizar as populações indígenas dessa tribo, extrair e ocupar seus territórios. Durante esse combate, Fernão de Sá (filho do governador geral do Brasil, Mém de Sá) foi o comandante dos colonizadores, já a tribo dos Aimorés estava desorganizada, e só tinha como objetivo destruir seus inimigos. Durante a batalha, os portugueses usavam machados e armas de fogo, para destruir a fortaleza dos índios, e estes revidavam utilizando apenas arcos e flechas. Mas, apesar disso, os índios venceram a guerra, e com isso, destruíram as feitorias dos bandeirantes. O conflito também acabou com a morte de Fernando de Sá.
Fernão de Sá
O Levante dos Tupinambás
Entre os anos de 1617 e 1621, ocorreu o conflito denominado o Levante dos Tupinambás. Foi uma revolta iniciada pelos índios Tupinambás, considerados grandes guerrilheiros, no litoral brasileiro, na capitania de São Vicente (nas proximidades do atual estado de São Paulo). Os indígenas se rebelaram contra o governador da capitania, Brás Cubas, uma vez que o mesmo queria invadir a região com a implantação das primeiras plantações de cana-de-açúcar mediante a escravização dos índios.
Macrossistemas
Devido a todos esses ocorridos no século XVII contra os índios, estes começaram a mudar suas organizações sociais, com objetivo de se fortalecerem, para que os colonizadores de suas terras, não tomassem domínio de tudo e todos no país. Com isso, começaram a surgir os macrossistemas indígenas, em que tribos de diferentes etnias se aliavam, para se tornarem imbatíveis, podendo assim, prevalecer a existência de seus dessedentes, costumes e culturas, mesmo que ocorrendo uma miscigenação entre as tribos. Portanto, a criação dos macrossistemas foi a maneira encontrada pelos nativos de se protegerem daqueles considerados seus inimigos.
Anexos:
Guerra dos Aimorés: 1555-1673
Tapuias representantes, tinham sua terra para cuidar.
Rechaçados pelos dominantes, que vieram escravizar.
Lutador o tempo inteiro, e até ameaçado de extinção
Fugindo do Cativeiro, Aimorés é contra essa sujeição.
José de Anchieta ajudava, para a guerra justa conseguir.
Nesta forma se escravizava, para toda riqueza produzir.
Mesmo que fosse guerreiro, não podia contra o canhão
Fugindo do Cativeiro, Aimorés era contra essa sujeição.
Levante dos Tupinambás: 1617-1621
Muitas tribos comunidades. Que receberam o navegador.
Era pra ser formada irmandade, sem o espírito explorador.
Pataxó, Pankararu, Tumbalalá, Xucuru e Cariri tudo irmão.
Tupinambá no seu lutar, como Mártires contra a escravidão.
Não lhe tiveram humanidade, nem honra nem sentimento.
Viajantes da indignidade, vieram trazer todo sofrimento.
Hospitaleiros no recepcionar, com respeito e consideração.
Tupinambá no seu lutar, como Mártires contra a escravidão.
FILHO, Azuir. GuerrasIndígenasPorLiberdade.Disponível em:
DIREITOS RECONHECIDOS E AGRADECIDOS
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Obra original disponível em:
http://www.overmundo.com.br/banco/guerras-indigenas-por-liberdade
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