Bonum Littera

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Século XXI

Índios do século XXI – Conflito em Belo Monte

Os índios não só do século XXI, mas de todas as épocas, são elementos de grande importância da cultura brasileira. Com uma grande variedade de tradições, crenças, valores e ideais, eles deixaram um imenso legado na personalidade de cada brasileiro.
Especialmente no século XXI, os índios foram inacreditavelmente “esquecidos” pelos grandes veículos da mídia, que dão mais importância a outras histórias. Os índios apenas foram lembrados quando entraram em grandes conflitos, que mexiam com os interesses de pessoas influentes, como foi o caso do conflito na usina de Belo Monte.
Muitas famílias indígenas vivem na região do Parque Indígena do Xingu que foi criado em 1961 pelo então presidente Jânio Quadros. A área do parque, que conta com mais de 27 000 quilômetros quadrados, está localizado no norte do Mato Grosso, numa zona de mudança de vegetações entre o Planalto Central e a Floresta Amazônica. Atualmente, vivem, na área do Xingu, aproximadamente, 5 500 índios de treze etnias diferentes. São elas: cuicuros,  calapalos,  nauquás,  matipus,  icpengues,  meinacos,  uaurás,  iaualapits, auetis, camaiurás, jurunas, caiabis, suiás, pertencentes aos quatro grandes troncos linguísticos indígenas do Brasil: caribe, aruaque, tupi e macro-jê.
O projeto Belo Monte infringe diversas leis federais como o artigo 231, parágrafo 3° da Constituição da República Federativa do Brasil, que fala sobre empreendimentos em terras indígenas no seguinte texto:
O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas, só podem ser efetivados pelo congresso nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes asseguradas suas participações nos resultados dos fatos na forma da lei 
Além da infração sobre os artigos 6° e 15° da convenção 169 da OIT, artigos 19, 30 e 32 da Organização das Nações Unidas - ONU, sobre o direito dos povos indígenas e resolução 237/97 da CONAMA. O projeto, além de diversas irregularidades, está repleto de características que fazem da obra um empreendimento ilegal. O próprio IBAMA declara:
O PT 52/2011 classificou esta condicionante como parcialmente atendida, pois constatou que apenas parte das obras previstas haviam sido iniciadas e que algumas obras teriam seu cronograma de implantação atrasados. O PT 52/2011 destaca como mais preocupante o estágio das obras de saneamento na sede de Altamira e Vitória do Xingu, cujas obras ainda não teriam sido iniciadas, e as inconsistências nos cronogramas de implantação dos esgotamentos sanitários nas localidades de Belo Monte e Belo Monte do Pontal.
Na metade de 2010, começou a ser construída nas cidades paraenses de Altamira, Vitória do Xingu e Senador José Porfírio, Amazônia brasileira, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, prevista para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo. Sua instalação foi inicialmente planejada na década de 80, como uma das obras de infraestrutura e integração da Amazônia. De lá para cá, protestos de movimentos sociais e povos indígenas, que buscam a preservação das áreas ao redor, já que para se construir uma barragem há vários prejuízos ambientais, disputas no judiciário e mudanças significativas na economia e na política nacionais formaram a trajetória do projeto, tornando a construção da barragem um dos conflitos mais longos da história recente do Brasil, conflito que dura até hoje.
Um dos episódios mais marcantes foi durante uma exposição de Muniz Lopes sobre a construção da usina Kararaô-Belo Monte, a índia Kayapó Tuíra, se levantou entre as pessoas e encostou o facão no rosto do diretor da estatal em um gesto de indignação. O gesto tornou-se um marco da luta indígena nesse caso. Na ocasião, Muniz Lopes anunciou que, por significar uma invasão cultural aos índios, a usina Kararaô - nome que é um grito de guerra Kayapó - receberia outro nome e não seriam mais adotados termos indígenas em usinas hidrelétricas. A usina foi rebatizada de Usina Hidrelétrica de Belo Monte depois do fato.
A ideia principal é que o conflito na Usina Hidrelétrica de Belo Monte é um conflito ambiental que se demonstra, assim, uma disputa de interesses entre o desenvolvimento e a preservação.

Avanço na cultura indígena
A cultura indígena não é apenas lembrada pelos conflitos, grandes evoluções foram conquistadas com o passar dos anos, tanto na política quanto na educação e outros aspectos.
Os direitos constitucionais dos índios estão registrados na Constituição Brasileira de 1988  (título VIII, "Da Ordem Social", capítulo VIII, "Dos Índios"), e em outros pontos ao longo de seu texto e de um artigo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Trata-se de direitos marcados por inovações conceituais importantes em relação a Constituições anteriores e ao Estatuto do Índio. A primeira inovação é o abandono da ideia de que os índios era uma categoria fadada ao desaparecimento. A segunda é que os direitos dos índios sobre suas terras são definidos anteriormente à criação do próprio Estado.
A nova Constituição estabelece, desta forma, algumas novidades para as relações entre o Estado, a sociedade e os povos indígenas. Com as novas leis constitucionais, assegurou-se aos povos indígenas o respeito à sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. Pela primeira vez, reconhece-se aos índios no Brasil o direito de permanecerem como índios, ou seja, podem portar-se como tal, sem temer reações contrárias devido as diferenças. É o que diz o artigo 231 da Constituição:
"São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças, tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens."
As inovações da Nova Constituição não param por aí: pivô de incontáveis discórdias entre indígenas e homem branco, as terras indígenas, agora, por lei, devem ser ocupadas por eles permanentemente.
"São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições."
Na educação, os indígenas quebraram barreiras a ponto dela ser um direito assegurado aos seus povos pela Constituição Brasileira de 1988. O artigo 210 estabelece que:

“Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.”
E o parágrafo 2º do mesmo artigo diz que:

“O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada, às comunidades indígenas, também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.”
Nos dias de hoje, a escola indígena, para grande maioria dos povos que mantêm contato com a civilização, tem como objetivo manter os costumes e ensinar a sua língua junto com outras matérias. O currículo é diferenciado não apenas por incluir o ensino da língua materna, mas porque deve incluir disciplinas que atendam interesses e necessidades da própria comunidade. (
No entanto, a educação indígena sofre alguns problemas no Brasil, como o não reconhecimento de suas escolas, falta de infraestrutura básica, discriminação, ausência de representação indígena no Conselho de Educação, e falta de atendimento ao Ensino Fundamental.
Na política, o povo indígena tem Evo Morales como seu principal representante. O presidente da Bolívia comanda o país desde 22 de janeiro de 2006 e se destaca por vários aspectos entre eles, pode-se destacar que Evo reduziu seu salário em 57%, ganhando grande apreço da população. Outro fator que o exalta é que luta pelo direito dos índios. Em sua posse, disse que na Bolívia mandavam os índios e não os gringos.
Evo Morales nasceu num pequeno povoado mineiro em Oruro, é de etnia uru-aimará, e tem como língua materna o aimará e, como segunda língua, o castelhano.
Retrocessos da Cultura indígena
Como em toda as sociedades a sociedade indígena também possui problemas atualmente e eles estão relacionados a evangelização e a doenças sociais.
Com relação a evangelização, o homem branco tem papel principal nesse problema, as influências das ideias e das religiões do branco, principalmente de origem cristã, fizeram que suas crenças e costumes mudassem, levando os índios a perderem sua identificação. É dever de qualquer pessoa hoje, defender os direitos dos indígenas. 
Já as doenças sociais normalmente são causados por consequência de outros problemas, como é o caso do alcoolismo, entre os índios tem sido uma da principais preocupações. Um projeto desenvolvido pela FUNASA percebeu-se que o alcoolismo é gerado pela ociosidade, falta de oportunidade no mercado de trabalho, falta de perspectivas e fácil acesso à bebida. O álcool tem sido identificado como principal coadjuvante nas causas de mortalidade por fatores externos como quedas, agressões, acidentes. Doenças como diabetes, cirrose, depressão e estresse também estão ligadas ao consumo em excesso.
Além do alcoolismo, o suicídio tem sido um problema das sociedades indígenas, as mortes são atribuídas às drogas, a bebida, à fatores sobrenaturais ou à desesperança, além do etnocídio, a interferência do outras culturas na cultura do índio faz com que ele não se reconheça mais, por isso eles se suicidam, pois eles não tem a ideia de estar matando a si próprio, porque que ele realmente não existe mais.
Além disso ainda existe a desnutrição, maioria dos casos ela está ligada ao consumo alcoólico, já muitos índios trocam alimentos por bebidas, assim os pais, por consumirem álcool, não dão atendimento necessário aos filhos, deixando-os em estado de desnutrição, mas não é apenas o álcool o culpado, a como a escassez de terras e a falta de emprego.
Com esse texto pudemos perceber o quanto o índio tem sofrido na nossa sociedade atual, o homem branco é o principal responsável pelo que tem acontecido com os índios, tanto de coisas boas quanto de ruins, as revoltas não seriam necessárias se os brancos não invadissem as terras por exemplo, mas foram eles que criaram a lei que dá aos índios o direito de possuírem legalmente as suas terras, já que antes esse direito não era assegurado.

Século VII

Guerra dos Aimorés


Durante séculos do Brasil colonial, a escravidão foi incessante no país, entre elas a escravização indígena. Ao chegarem no Brasil, os colonizadores portugueses estavam visando os lucros que eles poderiam adquirir em meio essas grandes e ricas terras, portanto, eles escravizaram os nativos, para conseguirem mão de obra.
No século XVII, essa atividade foi muito utilizada, principalmente em lavouras e engenhos, além disso, a ausência e o elevado valor dos escravos africanos fizeram com que os colonos preferissem os índios. Existiu até um mercado de negócios com escravos indígenas, em que comerciantes organizavam buscas para a captura de índios para lucrar com a venda destes escravos. Porém, não foi simples, muitas tribos ao se verem ameaçadas pelos colonizadores em relação a escravidão, entraram em confrontos com estes.
Entre os anos de 1555 e 1673 ocorreu a Guerra dos Aimorés entre os atuais territórios da Bahia e Espírito Santo, essa etnia indígena brasileira possuía índios altos, fortes e robustos, tinham pele clara, por andarem em meio a selva, onde a mata era fechada. E quando eram capturados pelos colonizadores para se tornarem escravos, não se alimentavam, fazendo com que ficassem fracos, e morressem rapidamente, devido o trabalho pesado imposto. Habitavam o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo, ao contrário da maioria das tribos indígenas que habitavam o litoral no século XVI, não falavam a língua tupi.


Tal Guerra foi resultado de conflitos iniciais entre os ameríndios e colonizadores, que tentavam escravizar as populações indígenas dessa tribo, extrair e ocupar seus territórios. Durante esse combate, Fernão de Sá (filho do governador geral do Brasil, Mém de Sá) foi o comandante dos colonizadores, já a tribo dos Aimorés estava desorganizada, e só tinha como objetivo destruir seus inimigos. Durante a batalha, os portugueses usavam machados e armas de fogo, para destruir a fortaleza dos índios, e estes revidavam utilizando apenas arcos e flechas. Mas, apesar disso, os índios venceram a guerra, e com isso, destruíram as feitorias dos bandeirantes. O conflito também acabou com a morte de Fernando de Sá.
Fernão de Sá


O Levante dos Tupinambás

Entre os anos de 1617 e 1621, ocorreu o conflito denominado o Levante dos Tupinambás. Foi uma revolta iniciada pelos índios Tupinambás, considerados grandes guerrilheiros, no litoral brasileiro, na capitania de São Vicente (nas proximidades do atual estado de São Paulo). Os indígenas se rebelaram contra o governador da capitania, Brás Cubas, uma vez que o mesmo queria invadir a região com a implantação das primeiras plantações de cana-de-açúcar mediante a escravização dos índios.


Macrossistemas
Devido a todos esses ocorridos no século XVII contra os índios, estes começaram a mudar suas organizações sociais, com objetivo de se fortalecerem, para que os colonizadores de suas terras, não tomassem domínio de tudo e todos no país. Com isso, começaram a surgir os macrossistemas indígenas, em que tribos de diferentes etnias se aliavam, para se tornarem imbatíveis, podendo assim, prevalecer a existência de seus dessedentes, costumes e culturas, mesmo que ocorrendo uma miscigenação entre as tribos. Portanto, a criação dos macrossistemas foi a maneira encontrada pelos nativos de se protegerem daqueles considerados seus inimigos.



























Anexos:
Guerra dos Aimorés: 1555-1673
Tapuias representantes, tinham sua terra para cuidar.
Rechaçados pelos dominantes, que vieram escravizar.
Lutador o tempo inteiro, e até ameaçado de extinção
Fugindo do Cativeiro, Aimorés é contra essa sujeição.
José de Anchieta ajudava, para a guerra justa conseguir.
Nesta forma se escravizava, para toda riqueza produzir.
Mesmo que fosse guerreiro, não podia contra o canhão
Fugindo do Cativeiro, Aimorés era contra essa sujeição.
Levante dos Tupinambás: 1617-1621
Muitas tribos comunidades. Que receberam o navegador.
Era pra ser formada irmandade, sem o espírito explorador.
Pataxó, Pankararu, Tumbalalá, Xucuru e Cariri tudo irmão.
Tupinambá no seu lutar, como Mártires contra a escravidão.
Não lhe tiveram humanidade, nem honra nem sentimento.
Viajantes da indignidade, vieram trazer todo sofrimento.
Hospitaleiros no recepcionar, com respeito e consideração.
Tupinambá no seu lutar, como Mártires contra a escravidão.

















FILHO, Azuir. GuerrasIndígenasPorLiberdade.Disponível em:
DIREITOS RECONHECIDOS E AGRADECIDOS
F1 http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/ei/aventuradeaprender/
http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/ei/aventuradeaprender/datas/images/indio1.jpg
F2 http://video.globo.com/GMC/foto/0,,10152337,00.jpg
F3 http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/sepe01.jpg
F4 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/a/aa/Cunhambebe.jpg
F5 http://www.vermelho.org.br/hoje/0120g.jpg
F6 http://www.povosdamazonia.am.gov.br/sergiofigueiredo/images/img/images/194.jpg
Obra original disponível em:

http://www.overmundo.com.br/banco/guerras-indigenas-por-liberdade

Século XVIII

Revolta de cem anos
     Os muras eram uma tribo indígena nômade que habitavam todo território que compreende as bacias hidrográficas dos rios Amazonas, Madeira e Solimões.

      Eram conhecidos por não manterem relações com brancos, por lutarem contra qualquer tentativa de invasão dos seus territórios, por morarem em canoas durante o inverno e palhoças durante o verão e atacarem as embarcações comerciais que usavam o rio Madeira.
    Durante todo o século XVIII, os comerciantes portugueses tinham muito interesse no local que eles habitavam porque era através do rio madeira que chegavam até Vila Bela, antiga cidade de Mato Grosso. Porém, a aldeia Mura não permitia a ultrapassagem do rio, levando os negociantes a enormes prejuízos atacando, sobretudo, os barcos que transportavam especiarias.
         Rota comercial dos portugueses.


      A ação foi difícil para os invasores, por serem nômades, os Muras logo usaram o conhecimento que tinham da região, em estratégias de guerrilhas, ficando em pontos na passagem do rio e surpreendendo as embarcações.  Apesar de serem donos de muitas técnicas de emboscada, os portugueses possuíam armamentos de aço ainda não conhecido pelos indígenas.
       O confronto durou décadas, após mais de cem anos de guerra, os colonizadores dizimaram quase toda a aldeia Mura, contudo a tribo lutou ate o fim, conhecido hoje como um povo que resistiu a a morte.


Guerras secundárias
Guerras dos Manaus.  
    O Manaus foi uma tribo indígena que habitavam a região entre a atual cidade de Manaus e Manacapuru. Eram considerados orgulhosos pelos portugueses, pois negavam-se a serem dominados para servirem de Mão de obra escrava. Liderados por  Ajuricaba, os Manaus  iniciara uma guerra contra  a  colonização dos portugueses.


Localização.
   A partir do século XVI vieram pessoas de todas as partes do país explorar as terras do rio Negro, à medida que os exploradores avançavam as tribos foram sendo descobertas e, com isto, os índios foram obrigados a se mudar da região ou ir para o cativeiro.
   A guerra aconteceu em 1723 quando o líder Ajuricaba começou a atacar os portugueses e a capturar os índios que colaboravam com os brancos. Aos poucos os Manaus foram aumentando seus domínios, tomando aldeias e aterrorizando os portugueses. Eidersse poder que Ajuricaba possuía surpreendeu o governador do Grão-Pará e Rio Negro q Paes de Amaral, veio emue pediu ajuda para Portugal para que eles enviassem mais tropas para acabar com a tribo, assim em 1728 o capitão João auxílio do governador, lando uma expedição caracterizada como punitiva.  Depois de várias conflitos travado os Manaus não resistiram à tropa de Paes de Amaral e foram extintos daquela região.

Guerra Guaranítica
        Os Guaranis eram uma tribo indígena que vivia em uma região denominada sete povos das Missões, o lugar recebeu esse nome em consequência da chegada dos jesuítas que organizarão um agrupamento de sete povoados indígenas.
   A guerra iniciou após a assinatura do Tratado de Madri, no dia 13 de janeiro de 1750, este tratado demarcava os limites das colônias pertencentes à Espanha e Portugal.    Como aldeia dos Sete Povos ficava localizada bem no perímetro da fronteira, os guaranis receberam um pedido para abandonarem suas terras e seguirem para o outro lado do rio Uruguai. Porém, os guaranis recusavam-se a deixar suas terras no território do Rio Grande do Sul e se transferir para o outro lado do rio Uruguai.
   No inicio de 1753, os índios guaranis começam a impedir os trabalhos de demarcação da fronteira e anunciam a decisão de não sair dos sete povos. Em retorno, as autoridades enviam tropas contra os nativos e a guerra surge ou começa? em 1754.
    Durante dois anos travou-se uma sangrenta luta e somente em maio de 1756 na cidade de Caiboaté chega ao fim à oposição guarani, com um saldo de mais de 1.500 indígenas mortos.
(Essa é a revolta retratada no filme “A missão”, vale a pena fazer um box sobre o enredo desse filme com a imagem da sua capa)


Revolta de Mandu ladino
        Revolta de Mandu latino foi um conflito entre índios tupis do interior da capitania do Piauí contra os colonizadores portugueses. Liderados por Mandu latino, os tupis iniciaram uma longa guerra contra os fazendeiros portugueses.
        A pecuária e o plantio de cana de açúcar desempenharam um papel importante na economia colonial, porém havia uma forte dominação dos índios nas terras de Campo Maior, fato que atrapalhava o projeto português de extensão de suas fazendas. Assim em 1710 os portugueses invadiram os férteis terrenos marginais do rio Parnaíba, no Piauí, provocando a expulsão das nações indígenas.
      O movimento iniciou-se pelo assassinato do fazendeiro Antônio da Cunha Souto, pelos indígenas, revoltados com a crueldade dos portugueses. A partir daí, o movimento contra os fazendeiros, liderado por Mandu Ladino, ganhou fôlego, estendendo-se pelo sertão do Maranhão, do Piauí e alcançando o Ceará. Muitos portugueses morreram e muitas fazendas foram arrasadas nessas regiões.
       A guerra durou até 1716, quando os fazendeiros portugueses organizaram uma grande expedição contra os revoltosos. Desse modo, partiu do Maranhão uma expedição chefiada por Francisco Cavalcante de Albuquerque à qual se uniu o Mestre-de-Campo da capitania do Piauí, Bernardo de Carvalho Aguiar. O conflito durou vários dias, muitos índios foram mortos pelos portugueses que estavam fortemente armados, e só chegou ao fim quando o líder do movimento Mandu ladino foi morto nas águas do rio Parnaíba.
   


Referências bibliográficas:

, Eliane. Mura guardiães do caminho fluvial. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/cogedi/pdf/revista_estudos_pesquisas_v3_n1_2/05_Mura_guardiaes_do_caminho_fluvial_Eliane%20Pequeno.pdf>. Acesso em: 26 novembro. 2015.
Oliveira, João. Narrativas e Imagens Sobre Povos Indígenas e Amazônia. Disponível em: <file:///C:/Users/Alice/Downloads/1709-5362-1-PB.pdf>. Acesso em: 26 novembro. 2015.
Canellas, Carlos. A Guerra de 1730 contra os Índios Manaó do Rio Negro. Disponível em:<http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XVII/Paineis/Carlos%20Fernando%20Canellas.pdf>.Acesso em: 26 novembro. 2015.
Wikipédia. Guerrilha dos Muras. Disponível em:< pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha_dos_Muras>. Acesso em: 26 novembro. 2015.
Wikipédia. Guerra dos Manaus. Disponível em<  pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Manaus>.acesso em 26 novembro.2015.
Vieira, Alexandre. PENSAMENTO POLÍTICO NA GUERRA GUARANÍTICA. Disponível em:< http://livros01.livrosgratis.com.br/cp093782.pdf.> Acesso em: 26 novembro. 2015.
Wikipédia. Guerra Guaranítica.  Disponível em:< pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Guaranítica>. Acesso em: 26 novembro. 2015.
Hoomaert, Benedito. A Revolta liderada por Mandu Latino. Disponível em:< http://www.geocities.ws/terrabrasileira/contatos/mandu.html>.Acesso  em: 27 novembro. 2015.

século XIX

Revolta do Uaupés
(século XIX)
Os índios que vivem as margens do Rio Uaupés e seus afluentes (Tiqué, Papuri, Querari e outros menores) integram atualmente 17 etnias que fazem parte de uma rede de troca, que incluem casamento, rituais e comércio, compondo assim, um conjunto cultural e social definido, comumente chamado de “sistema social do Uaupés”. Nessa região, no século XIX, ocorreram várias revoltas, devido os índios locais pregarem o fim da exploração do uso da borracha, após a criação da província do Amazonas por D. Pedro II, merecendo destaque a Revolta do Uaupés.   
Nessa revolta podemos enfatizar a presença o pajé Vicente Christu, também conhecido como o messias Baniwa Venâncio Kamiko, que foi um dos mais poderosos pajés do século XIX, pregando a libertação da opressão política e econômica dos brancos contra os índios localizados na região do Uaupés. Além disso podemos destacar os aspectos religiosos, que iam desde a rituais, até a conversas com Deuses da tradição indígena.  
O QUE OCASIONOU ESTA REVOLTA
   Após a proclamação da independência, o governo federal promoveu vários investimentos para a extração da borracha, e com a sua ascensão como matéria prima o governo tentou convencer os índios que viviam nessa região a deixarem de morar em regiões recuadas e de difícil acesso para viverem em povoados ou nas vilas situadas nas margens dos rios maiores.https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/%C3%8Dndios_escravizados,_s%C3%A9culo_XIX.jpg
Muitos índios foram escravizados e forçados à trabalharem com a extração da borracha, e aos poucos, isso foi gerando um sentimento de raiva e ódio contra os homens brancos.
As atividades dos missionários ainda eram frequentes no Brasil e em 1883 os franciscanos, que compunham uma ordem religiosa, chegaram ao Uaupés. Os índios deviam tirar um dia da semana para a construção das casas para as autoridades religiosas e militares, da igreja e da cadeia. Além disso, os franciscanos tentaram acabar com as atividades dos pajés locais e passaram a controlar os regatões- hábeis vendedores dedicados ao comércio ambulante, principalmente através de pequenas embarcações -, que somente poderiam comercializar com os índios através de sua autorização.              
Um desses franciscanos, Frei Illuminato Coppi, é descrito pelas fontes históricas como um homem violento, intolerante, e que não hesitava em ridicularizar os costumes e as crenças indígenas. Em várias ocasiões, ele expôs à vista das mulheres e das crianças, as máscaras e os instrumentos de músicas considerados sagrados, que eram proibidos de serem vistos por elas. Sua última provocação, no dia 28 de outubro de 1883 em Ipanoré, levou à revolta dos índios do local e à expulsão dos missionários franciscanos.https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAXKVW-k_7qyOA2cMhTRWgRR71IcaS6oTyOHao403DzHRbQUS_9HsaCwjnzfV9M1DxL-MLKlR2guWx_2S7cUyV188YM6VQbo6Krb60c7z2EwPrOW0W-toTydQ_nxfKJsGaw6QQaPAgwfaa/s400/REgat%C3%A3o1.jpg
O IMPACTO DA REVOLTA
Os índios se revoltaram contra este tipo de tratamento e contra sua exploração de mão de obra e dos recursos naturais da região, e como vingança, efetuaram expedições contra os brancos, que utilizavam soldados ou mesmo índios de outras etnias da região para reprimir as rebeliões.
Os movimentos se espalharam pela região inteira e ameaçaram expulsar os brancos. Os militares locais e da província reagiram a estes movimentos na maioria das vezes com repressão e violência, embora o governo da província mandasse uma comissão oficial para tranquilizar a situação.
A opressão contra os índios também se expressou através de uma tradição de movimentos religiosos, começando a partir da metade do século XIX. Os índios desses movimentos elaboraram as mais variadas mensagens e ideologias, e organizavam rituais e cerimônias expressando as esperanças dos povos indígenas em conseguirem sua liberdade.
A partir de 1880, o pajé Vicente Christu começou a contar que se comunicava com "Tupã" (Espírito do Trovão Tupi) e com os mortos. Ele pregava o fim da exploração pelos patrões de borracha e sua expulsão da região. Proclamava ainda a chegada de uma nova ordem social, na qual os índios seriam os patrões e os brancos seus escravos. No início do século XX, ainda ocorreram vários outros movimentos deste tipo na região, sendo alguns reprimidos com violência pelos militares.
Esse não foi o único acontecimento do século XIX, mas talvez o mais importante. Novamente o homem branco acreditou que poderia mostrar seu poder e vencer os mais fracos, mas estavam literalmente enganados. Os índios, com suas crenças, mostraram-se fortes ao enfrentaram seus inimigos, e após muito sofrimento e perdas, eles finalmente conseguiram o que queriam: A liberdade, pelo menos naquele momento de vitória, pois novas revoltas surgiram, e o mais importante é que os índios nunca abaixaram a cabeça e se deram por vencidos, ao contrário, sempre a reergueram e mostrando porque fazem parte da cultura brasileira.

Foto de Manaus, capital da província em 1865






Referências Bibliográficas

REferências bibliográficas estão erradas, o correto é seguir o modelo abaixo:

SOBRENOME DO AUTOR, Nome do Autor. Nome da Obra. Disponível em
https://books.google.com.br/books?id=l5EQAwAAQBAJ&pg=PT25&lpg=PT25&dq=Messias+Baniwa+Ven%C3%A2ncio+Kamiko&source=bl&ots=3qqxYK6glB&sig=jk2wTzSYcE9UYIk7ZdTD8NaSw_Y&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiow_Stz7XJAhVBrJAKHVbYBHcQ6AEILDAD#v=onepage&q&f=false
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://pib.socioambiental.org/pt/povo/etnias-do-rio-negro/1530&gws_rd=cr&ei=M_taVsXHFcPdwgTE9pyoBQ
http://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/39/29
http://noamazonaseassim.com.br/provincia-do-amazonas/
http://www.infoescola.com/historia/historia-do-amazonas/
http://www.academia.edu/1484505/HISTORIA_INDIGENA_E_DO_INDIGENISMO_NO_ALTO_RIO_NEGRO
https://books.google.com.br/books?id=JYHBAgAAQBAJ&pg=PA833&lpg=PA833&dq=Revoltas+ind%C3%ADgenas+no+s%C3%A9culo+XIX&source=bl&ots=iGk-qypZu8&sig=_8RyE7EONLAUrR5KklHjE559XYg&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj5rN2B3rXJAhVRsZAKHR4pCHYQ6AEIODAE#v=onepage&q=Revoltas%20ind%C3%ADgenas%20no%20s%C3%A9culo%20XIX&f=false

http://indigenistaaspirante.blogspot.com.br/2010/06/o-rio-uaupes.html