Aborto

O aborto pode ser dado como uma forma de expulsão prematura do feto, uma vez que é feito de maneira incorreta sendo, assim, realizado por profissionais não capacitados, o que gera aproximadamente 70 mil mortes maternas e cinco milhões de lesões maternas por ano no mundo. Estima-se que sejam realizados 44 milhões de abortos por ano, sendo que, quase metade desses procedimentos realizados de maneira insegura.

Além de ser feito inconscientemente, ou de maneira precipitada e incorreta, o aborto pode ser também feito da forma correta, isso ocorre quando o mesmo é feito por profissionais capacitados e em boas condições de higiene.

Esse procedimento pode ser dividido em dois tipos, o aborto espontâneo, o qual consiste na expulsão não intencional do feto antes de 20 a 22 semanas de gestação. As causas mais comuns desse tipo de aborto são as doenças vasculares, problemas hormonais, infecções, anomalias uterinas e qualquer tipo de trauma. O maior risco é a gravidez em idade avançada.

Outro tipo de aborto é o chamado aborto induzido, o qual é causado intencionalmente. O mesmo pode ocorrer por ingestão de medicamentos. Mas, este é legalmente proibido no Brasil, por levar em conta a saúde da mulher, já que muitas morrem por abortos “mal feitos”, pelo fato de esse tipo de procedimento oferecer graves riscos para a saúde, alguns deles são: hemorragias, útero perfurado, esterilidade, choque/coma, abscesso nos ovários, infertilidade, infecções e desordem menstrual, além de provocar distúrbio psicológico, em alguns casos. Mas, mesmo diante dessas circunstâncias, é reconhecido como uma prática legal em alguns países.

Atriz Astrid Fontenelle, hoje com 53 anos, pratica aborto aos 18 anos de idade.

“Eu já fiz um aborto. Eu já falei sobre esse assunto um monte de vezes na televisão e nunca tive coragem de me expor. Por quê? Porque dói. Porque não é motivo de orgulho falar que fez um aborto. Eu era garota, eu não namorava a pessoa certa, eu tenho certeza disso, eu não sabia me proteger, eu tomava pílula e esquecia de tomar pílula, tomava um dia sim, esquecia três, tomava três juntas, como muitas garotas da minha idade, eu tinha muito medo, mas muito medo de contar pra minha mãe, eu não tinha dinheiro, eu tive que vender uma jóia da minha mãe e botar no prego, e fui lá sozinha, num lugar cheio de gente bacana, aqui em São Paulo, um lugar que eu acho que está até hoje naquele mesmo local. Ou seja, não é fácil, não é legal, eu tenho 53 anos de idade, fiz isso com 18...”, diz a atriz Astrid Fontenelle, para o GNT, a qual praticou o aborto através de uma cirurgia. 
Sendo assim, o aborto no Brasil é legalmente permitido em casos de comprovação de estupro, ou se a mulher estiver à beira da morte e também se for feita uma cirurgia, sendo ela, paga e feita da forma correta. Do contrário, é ilegal. 

Dr. Thomaz Gollop, médico e professor de Ginecologia na Faculdade de Medicina de Jundiaí, fala sobre como os médicos reagem ao receberem pacientes, de diferentes classes sociais, que desejam realizar um aborto: http://drauziovarella.com.br/audios-videos/medicos-e-a-questao-do-aborto/