O Legado de Vargas

         Getúlio Dorneles Vargas nasceu na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, no dia 19 de abril de 1882. Foi presidente da república (1930 até 1945 e entre 1950 e 1954) e pôs em prática mudanças revolucionárias que fizeram do Brasil um dos principais países da América Latina. Um conjunto de características, como populismo, personalismo, nacionalismo, desenvolvimentismo e trabalhismo são alguns dos termos atribuídos ao esquema deste político. Não bastasse isso, Getúlio também atuou na legislação trabalhista e social, sindicato corporativo, carteira de trabalho, previdência social, justiça do trabalho, salário mínimo e Consolidação das Leis do Trabalho representam efetivamente as suas continuidades. Para entender melhor a trajetória de Vargas na politica e sua vida assista um documentário narrado pelo historiador Bóris Fausto e que, por meio de documentos e imagens de arquivo, traça um panorama político, social e econômico do País, desde os tempos coloniais até os dias atuais. A série é composta, ainda, de entrevistas com algumas personalidades que ajudaram a escrever essa história, clique aqui. 

        Com todos esses feitos, Vargas criou um legado, uma era que levou seu nome: a Era Vargas! Tendo início com a Revolução de 1930 onde expulsou do poder a oligarquia cafeeira, dividindo-se em três momentos:

Governo Provisório -1930-1934 

Governo Constitucional – 1934-1937

Estado Novo – 1937-1945

Assista aqui o vídeo do professor Schiavoni que vai contextualizar por completo a República Velha e a Era Vargas, dois períodos importantes na trajetória do nosso país. Nesta aula, você vai compreender os aspectos sociais, políticos e econômicos do Brasil do final do séc. XIX até a queda do Estado Novo, em 1945. 

            Mas como nem tudo são flores, Getúlio enfrentou diversos problemas e opressão no próprio Congresso. A matéria a seguir da InfoEscola retrata bem esse assunto, não deixe de ler aqui.

  Imagem do Palácio do Catete localizado no município do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi a sede do poder executivo brasileiro de 1897 a 1960. E onde encontra-se pertences de Getúlio Vargas, como a arma que ele cometeu o suícidio e seu pijama usado no ato.

Vejo  que  Getúlio Vargas foi o maior dos estadistas brasileiros. Foi também o mais amado pelo povo e o mais detestado pelas elites. Tinha que ser assim. Getúlio obrigou nosso empresariado urbano de descendentes de senhores de escravos a reconhecer os direitos dos trabalhadores . O trabalhismo e o nacionalismo estavam quase liquidados. Mas o Brasil precisava de um novo Vargas, capaz de proteger os pobres, os trabalhadores, o salário mínimo, os direitos sociais e a sociedade do apetite do capital estrangeiro. Quem poderia exercer tal papel? A resposta estava na eleição de Lula. De fato, ele tinha outra tarefa a executar. Depois de um ano de governo, o último remanescente do varguismo rompe a aliança histórica do velho com o novo trabalhismo. Talvez, na realidade, Lula fosse o único capaz de enterrá-lo definitivamente. No entanto, o espírito de Vargas ronda seu governo. Desde que assumiu o poder, o Partido dos Trabalhadores tem oscilado entre a conservação e a mudança, de maneira que lembra Vargas.

- Texto baseado na reportagem da Revista História Viva: O Legado de Vargas.