Reportagem selecionada aqui.
Cotas
para determinados grupos da população referentes ao ingresso em universidades
públicas causam alvoroço desde que foram implantas no Brasil, mais
especificamente na Universidade de Brasília
(UnB) em 2000.
Segundo a lei Nº 12.711, de 29 de Agosto de 2012, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, o preenchimento de vagas pertencentes a universidades públicas levará em conta a reserva de 50% das vagas para alunos de origem escolar pública com renda familiar considerada baixa. Também há uma taxa de vagas que são atribuídas à questão racial, ou seja, quem declarar-se preto, pardo ou indígena nascido no Brasil, terá direito a cota para o ingresso na instituição pública. Além de uma parcela para deficientes físicos e filhos de policiais ou bombeiros que morreram prematuramente.
Depois que as cotas foram atribuídas para 36 universidades que adotaram a ideia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aumentou de 27% para 51% o percentual de estudantes entre 18 e 24 anos no ensino superior, aumentando também a taxa de alunos de renda baixa com estudo. Ainda de acordo com o IBGE, caiu o número de jovens que trabalham e estudam ao mesmo tempo, ou seja, o foco agora se restringe apenas aos estudos.
A adoção dessas cotas em universidades públicas é um bom começo para a integração social de jovens que não tiveram oportunidade financeira ou enfrentam desafios “biológicos” ou aqueles que carregam uma herança histórica lamentável que hoje é uma das causas, talvez a maior, da segregação racial hoje existente no Brasil, o que gera desigualdade e preconceito.
Essa política muitas vezes é considerada falha, visto que, quem não teve suporte fundamental e médio de qualidade tem maior chance de abandonar o curso por não conseguir acompanhar o “ritmo”. Mas, em estudo sobre estudantes da Universidade Federal da Bahia, registra que alunos negros que entraram na universidade com o auxilio de cota, pois obtiveram pontuação inferior comparada à pontuação de “brancos” (5,32 contra 5,48), durante o curso de Medicina apresentaram rendimento superior aos mesmos (7,49 contra 7,31). Um exemplo simples de que quando há a oportunidade para quem mais precisa, o resultado surpreende.
Claro que, só há um resultado positivo quando é feito da forma correta. Por exemplo, não é suficiente tomar como base somente a “raça”, é preciso certificar-se de que o candidato a vaga se encaixa nos quesitos do regulamento, ou seja, se estudou em escola pública e tem renda familiar baixa.
É certo que a adoção das cotas não pode ser o único caminho a seguir, as cotas nada mais são que a consequência da falta de investimento na educação pública. E, quando bem feito é um grande avanço para a minimização dos patamares sociais, mas não é a solução do problema, é uma breve contribuição que tem muito para rever e melhorar, como a alegação de prejuízo de quem estuda em escola particular. Enfim, não é tão ruim assim.
Segundo a lei Nº 12.711, de 29 de Agosto de 2012, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, o preenchimento de vagas pertencentes a universidades públicas levará em conta a reserva de 50% das vagas para alunos de origem escolar pública com renda familiar considerada baixa. Também há uma taxa de vagas que são atribuídas à questão racial, ou seja, quem declarar-se preto, pardo ou indígena nascido no Brasil, terá direito a cota para o ingresso na instituição pública. Além de uma parcela para deficientes físicos e filhos de policiais ou bombeiros que morreram prematuramente.
Depois que as cotas foram atribuídas para 36 universidades que adotaram a ideia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aumentou de 27% para 51% o percentual de estudantes entre 18 e 24 anos no ensino superior, aumentando também a taxa de alunos de renda baixa com estudo. Ainda de acordo com o IBGE, caiu o número de jovens que trabalham e estudam ao mesmo tempo, ou seja, o foco agora se restringe apenas aos estudos.
A adoção dessas cotas em universidades públicas é um bom começo para a integração social de jovens que não tiveram oportunidade financeira ou enfrentam desafios “biológicos” ou aqueles que carregam uma herança histórica lamentável que hoje é uma das causas, talvez a maior, da segregação racial hoje existente no Brasil, o que gera desigualdade e preconceito.
Essa política muitas vezes é considerada falha, visto que, quem não teve suporte fundamental e médio de qualidade tem maior chance de abandonar o curso por não conseguir acompanhar o “ritmo”. Mas, em estudo sobre estudantes da Universidade Federal da Bahia, registra que alunos negros que entraram na universidade com o auxilio de cota, pois obtiveram pontuação inferior comparada à pontuação de “brancos” (5,32 contra 5,48), durante o curso de Medicina apresentaram rendimento superior aos mesmos (7,49 contra 7,31). Um exemplo simples de que quando há a oportunidade para quem mais precisa, o resultado surpreende.
Claro que, só há um resultado positivo quando é feito da forma correta. Por exemplo, não é suficiente tomar como base somente a “raça”, é preciso certificar-se de que o candidato a vaga se encaixa nos quesitos do regulamento, ou seja, se estudou em escola pública e tem renda familiar baixa.
É certo que a adoção das cotas não pode ser o único caminho a seguir, as cotas nada mais são que a consequência da falta de investimento na educação pública. E, quando bem feito é um grande avanço para a minimização dos patamares sociais, mas não é a solução do problema, é uma breve contribuição que tem muito para rever e melhorar, como a alegação de prejuízo de quem estuda em escola particular. Enfim, não é tão ruim assim.
Referências bibliográficas:
TEMAS EM DEBATE
Presidência da República
g1.globo.com
Terra
TEMAS EM DEBATE
Presidência da República
g1.globo.com
Terra
As cotas para estudantes de escolas públicas são importantes sim, mas não deveriam ser uma medida a longo prazo como vem sendo. O governo utiliza o sistema de cotas como uma maneira de evitar os investimentos que deveriam ser feitos desde os primários até o ensino médio, as escolas públicas passam por situações precárias que só pioram. Não há exigência dos alunos, dos professores e menos ainda do governo que este ano até proibiu a reprovação, ou seja, não importa o quanto você se esforce, sempre passará de ano e após o terceiro ano terá ajudas para entrar em uma universidade. É claro que quem passa todo o período escolar sem se esforçar, dificilmente consegue entrar em um bom curso apesar da ajuda de cotas, e mesmo que entre, é importante ter uma boa base para permanecer em qualquer curso.
ResponderExcluirSobre as cotas raciais, considero uma forma de preconceito. Acredito que dar direitos a mais aos negros simplesmente pela sua cor de pele, é uma forma de julgá-los inferiores. O governo que tanto defende os direitos iguais entre homens, mulheres, negros, brancos, heterossexuais ou homossexuais deveria dar as mesmas oportunidades, para que os direitos também fossem os mesmos. Por exemplo, se um negro e um branco estudam em uma mesma escola, têm os mesmos professores e materiais, o negro não deveria merecer uma porcentagem a mais em sua nota se o branco não tem o mesmo benefício, afinal, as oportunidades foram iguais. Um dos principais argumentos dos defensores desse tipo de cotas é baseado em estatísticas, em escolas públicas predominam negros e em escolas particulares os brancos são maioria. Mesmo que isso seja um fato, eu não concordo com os benefícios aos negros, as cotas de escolas públicas existem para colaborar tanto com os negros, quanto com os brancos que estudam em escolas de ensinos “piores”. A cor da pele não diminui a competência de ninguém, mas a falta de bons professores e esforço dificultam a formação de futuros bons trabalhadores.
É necessária a comprovação de renda para que o governo seja convencido de que o aluno não estudou em uma escola particular porque não pode e então ganhe uma porcentagem na sua nota que facilite a entrada em uma universidade federal, enquanto para receber a cota racial é necessário apenas se declarar negro, índio ou pardo e ninguém pode te contrariar, pois a cor da sua pele é algo que você considera. Isso forma mau caráteres, que mesmo se considerando brancos durante toda a vida, passam a se declarar negros no momento da inscrição no ENEM sabendo que sua nota será aumentada sem nenhuma contestação.
O sistema de cotas varia de acordo com a prova. No texto, usei como base a prova do coluni na qual o aluno recebe um aumento em sua nota, porém, na prova do enem é reservada uma porcentagem de vagas para alunos de escolas públicas, negros, índios e pardos.
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ResponderExcluirEu diria que as cotas para estudantes de escolas públicas são justas, pelo fato de que nosso ensino público não é bom, como o de vários outros países, e na maioria das vezes o ensino particular é melhor (no sentido de aprendizagem). Acredito que estas cotas foram feitas para contribuir com os alunos de escola pública, de modo que na hora de fazer qualquer concurso (que as cotas abrange) o aluno não desqualifique pelo fato de que seu aprendizado foi "pior", quando comparado ao ensino particular. Portanto, neste caso as cotas estariam compensando algo que o aluno não teria culpa, que é o fato do ensino público ser pior, e como muitos não possuem condição financeira para pagar por uma particular, acabam recebendo as cotas para auxiliá-los.
ResponderExcluirEm relação as cotas raciais, considero que é explicitamente uma exclusão em relação aos negros/pardos, que os coloca como inferiores. É claro que sempre falam que as cotas raciais são para compensar "nosso" erro do passado, mas nós estamos vivendo no presente. Não se combate um preconceito criando outro, além do mais, universidade não é lugar para quem quer frequentar, mas para quem tem intelecto para fazê-lo, e essa capacidade não está na raça ou qualquer outro discriminante, os negros/pardos têm sim a capacidade para entrar em uma universidade, basta querer e estudar.
Penso que as cotas são uma maneira provisoria de cobrir as injustiças raciais e econômicas, já que grande parte dos estudantes de escolas publicas tem uma renda financeira mais baixa enquanto os alunos de escolas particulares tem maior renda financeira e também tem mais qualidade de ensino, mas acredito que o melhor jeito de tornar a sociedade mais justa seria o investimento na educação desde a de base até o ensino-médio. Assim os estudantes poderiam competir entre si sem nenhuma desvantagem e favorecimento por pertencer a uma escola publica ou por ser negro ou pardo.
ResponderExcluirQuando fala-se de cotas muitos são prós assim como também muitos são contras. Eu diria que estou na corda bamba pois, por um lado concordo mas, pelo outro descordo. A respeito das cotas para alunos de escolas públicos pressuponho que seja uma medida certa já que nosso ensino publico é muitas vezes inferior aos de escolas particulares, quando digo inferior me refiro ao fato de que nas escolas particulares muitas vezes os professores são escolhidos a critério proporcionando aos alunos uma melhor aprendizagem.Ao fazer essa afirmativa não quero deixar a mensagem "Escolas particulares são melhores que escolas públicas" mas quero deixar explicito o descaso que nosso governo tem para com sua educação. É devido a esse descaso que muitos pais decidem colocar seus filhos em escolas particulares. Hoje (24/07/2014) vi uma reportagem que dizia a respeito do brasil ter subido de colocação no ranking mundial de Índice de Desenvolvimento Humano mas, considero isto uma farsa já que mesmo com um IDH mais elevado a pobreza e o descaso com parcelas da população ainda perdura ao longo do tempo.
ResponderExcluirQuando se ouve o assunto a respeito de cotas raciais considero essa medida como sendo algo preconceituoso pois, oferecer uma maior oportunidade a pessoas devido a sua cor de pele nos deixa a ideia implícita de que essa parcela da população se acha inferior a demais.
Para concluir digo que para que os alunos tanto de escolas públicas quanto de particulares competirem de maneira igualitária, o correto não é dar-lhes cotas mas sim, uma educação de qualidade sendo esta fruto de investimentos, além de que em minha opinião penso que o sistema de cotas é uma medida de mascarar a situação precária pela qual nosso sistema educacional público passa.
Eu concordo com o uso das cotas, acredito que elas podem ajudar os alunos de escolas públicas que tem dificuldades nos estudos, pois o nosso governo não tem investido muito em educação, ela está muito precária e precisando de renovações.
ResponderExcluirCom a má qualidade do ensino, os alunos que querem entrar em uma universidade precisam de um apoio, pois quando estão nas escolas públicas sabemos que mesmo tendo notas ruins eles passam de ano pois o governo implica que isto deve ser feito.
Não acho que seja injusto, pois se um aluno de escola particular não recebe as cotas, durante sua vida toda ele recebe um estudo de qualidade o qual o ajudara quando for tentar entrar em uma universidade.
Elas também são para alunos com renda familiar baixa, negros, pardos e indígenas. Muitos dizem que para estes alunos as cotas os beneficiam somente por sua cor e raça, e eles sofrerem descriminação racial, já que infelizmente vivemos numa sociedade capitalista e dividida com várias injustiças sociais. Por isso acho as cotas são importantes para que aqueles que tem dificuldades possam ingressar em uma instituição de ensino superior que dará base para que eles possam conseguir um conhecimento, oportunidades e emprego e construir um futuro promissor.
Eu sou a favor de cotas para negros (e alunos de escola pública), principalmente, porque eles são desfavorecidos historicamente. Muitos negros, vivem em favelas, não tem uma base qualificada de estudo, porque são descendentes de pobres, e até de escravos. Mas para haver uma igualdade entre as classes, basta o governo melhorar o ensino público (não só para os alunos negros, e sim para os alunos de escolas públicas em geral). O sistema de cotas, serve para cobrir falhas do governo, que não fornece um bom ensino público e tenta deixar todos os alunso no mesmo patamar. E isso muitas vezes não vale de nada, porque muitos, não tem uma base de estudo e, na universidade, acabam sendo ultrapassador por alunos que tiveram, durante toda a vida, um ensino qualificado. No entanto, acredito que as cotas, são válidas atualmente, mas não pode ser assim sempre. O governo tem a obrigação de qualificar o ensino público.
ResponderExcluirVictor
As cotas surgiram com a intenção de dar mais oportunidade para pessoas que estudaram em uma escola ruim, comparada a uma escola particular, porém, penso eu que do o governo achou que poderia consertar a educação dando vagas para as pessoas na universidade, e assim surgiram as cotas raciais, que beneficiam negros, pardos indígenas, etc.
ResponderExcluirEu considero que as cotas tem como função, igualar as chances das pessoas se formarem em um curso superior, e isso vem dando resultado, como mostrou a pesquisa do IBGE, porém da mesma maneira que aumentou o numero de pessoas que cresceram com dificuldades sociais, aumentou o numero de abandonos de cursos, ou seja, pode-se concluir, que mesmo uma pessoa entrando na universidade com a ajuda de uma cota, as chances dela abandonar o curso é grande.
Leonardo
Concordo que os negros sejam beneficiados nas universidades públicas através de cotas raciais, pois seu passado histórico abrange enorme preconceito e sofrimento. A história dos negros sempre fora marcada por covardia, tristeza e injustiça e mesmo na contemporaneidade podemos perceber que ainda há discriminação por parte de algumas camadas da sociedade. Esse benefício trago pelas cotas é mais do que justo, sendo uma forma de compensar a dor e infortúnio vividos pelos negros no passado e mostrando que hoje em dia eles são merecedores dos mesmos espaços que quaisquer outros cidadãos. Porém, não sou a favor das cotas públicas, uma vez que considero estas incoerentes comparadas às cotas raciais, já que, como mencionado, as cotas raciais são uma forma de corrigir o descaso para com os negros no passado e as públicas são medidas paliativas que servem para mascarar a deficiência na educação vivenciada no nosso país. Há o aumento de profissionais com o ensino superior completo, no entanto, há também o abastamento de más profissionais, causando graves problemas em diversos setores sociais, devido à má formação proporcionada pelo ensino público.
ResponderExcluirPriscila
Apesar de achar que as cotas sejam uma maneira de tentar “mascarar” a falta de investimento em educação publica de qualidade, acredito que seja um meio para que muitas pessoas tenham acesso a universidades, pessoas que provavelmente sem essa “ajuda” não conseguiriam. Mas, vejo esse programa do governo como algo para tentar resolver varias questões sociais de uma só vez, o que acaba não sendo uma coisa boa, já que o que seria realmente certo está ligado a melhorias na base da educação, como um desenvolvimento crescente.
ResponderExcluirGabriela
O Brasil localize-se em uma das piores posições no ranking de educação no mundo, o sistema de cotas já vigora a um bom tempo e a nossa posição continua a cair cada vez mais. Esse sistema privilegia negros, pardos, indígenas, estudantes de escolas publicas e pessoas com pouca condição financeiras com o objetivo de aumentar a taxa de jovens ingressados em universidades e certamente tem como objetivo do governo fazer com que a educação no país melhore e que Brasil suba no ranking de educação, no entanto acho que é ai que a coisa falha. Ao darem oportunidades a pessoas que não tiveram uma educação base de qualidade, ao chegarem nas universidades, tais alunos não conseguem ir bem, muitas vezes acabam até desistindo de seus cursos e é ai que o nível da universidade também cai.
ResponderExcluirNão sou contra aos sistema de cotas para estudantes de escolas publicas e pessoas com piores condições financeiras, essas pessoas realmente precisam de um estudo superior de graça para que consigam melhorar de vida, no entanto acho que boas notas escolares durante o ensino fundamental e médio deveriam ser exigidas das tais para garantir que conseguirão acompanhar o ritmo da universidade. Do meu ponto de vista cotas para negros, pardos e indígenas são totalmente desnecessárias, atualmente todos sabem que todo ser humano tem capacidade igual de aprendizado independente da cor da pele, compensar o passado histórico de tais indivíduos não é justificativa, isso é somente mais uma jogada do governo para que o Brasil pareça um país totalmente igualitário visto de longe. Acho que a educação no Brasil precisa ser rapidamente corrigida, não adianta vivermos de aparências, a realidade é outra e nossa país grita por socorro.